Os casos de crianças de até 14 anos com o vírus HIV caiu sensivelmente em quatro anos em Maringá e região, segundo dados do Ambulatório DTS/Aids da 15ª Regional de Saúde.
No ano passado, o ambulatório atendeu 17 crianças com aids (com a síndrome desenvolvida) e outras três soropositivas (que têm o vírus no organismo, mas não desenvolveram a doença) na região, que abrange 29 municípios.
Há quatro anos, em 2008, o ambulatório acompanhou 65 crianças. Deste número, 11 tinham o vírus e 11 desenvolveram a aids. Em 2009, eram seis soropositivas e 17 com aids. Já em 2010, duas soropositivas e 18 com aids. No ano passado, o ambulatório atendeu 82 crianças.
"O ideal era não ter ninguém. Uma criança que positivou [o vírus] é muito ruim para nós", comentou a coordenadora municipal do ambulatório, Eliane Aparecida Tortola Biazon. "Nos últimos quatro anos tivemos apenas um óbito. Era uma criança filha de uma mãe moradora de rua e usuária de drogas." Combate ao vírus
Durante a infância, segundo a coordenadora do ambulatório, a maior parte dos casos é de transmissões verticais (quando a mãe passa o vírus para o bebê durante a gestação).
As chances da transmissão vertical são entre 20% e 30%. No entanto, quando a mãe soropositiva faz o pré-natal e toma um antirretroviral a partir da 14ª semana de gestação, a probabilidade de transmissão do vírus para o bebê cai para 1%.
Eliane aponta outro fator importante para prevenir o bebê do vírus e não amamentá-lo. "Se a mãe amamentar a criança, a chance de transmissão do vírus aumenta em 27 vezes a cada mamada." De acordo com ela, após o parto, a mãe toma uma medicação que inibe a produção da lactação.



