Número de mortes no trânsito cresce e atinge maior nível histórico

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O trânsito de Maringá atingiu um triste recorde no final de semana. Ao longo deste ano, 87 pessoas já morreram em acidentes nas vias da cidade, o maior índice desde 2000, quando a Secretaria de Transportes (Setran) passou a contabilizar as ocorrências.

Até então, o ano mais violento era 2004, quando 85 pessoas morreram. Já na comparação com o ano passado, Maringá registra 32 mortes a mais. Desde janeiro, a cidade já teve 5.500 acidentes, cerca de 150 a mais do que o mesmo período do ano passado.

Na avaliação de muitos motoristas, a alta velocidade com que trafegam os veículos nas vias públicas vem sendo a principal causa desta violência. "A população não respeita a sinalização. Numa área que é permitida andar a 60 quilômetros por hora, tem gente que anda a 100, 110, 80", disse o encanador Wilson de Oliveira, em entrevista para a RPC TV Maringá.

O secretário municipal de Transportes, Walter Guerlles, defende a mesma posição. "Nós temos que coibir isso e intensificar as campanhas educativas de uma forma geral", explicou. Para tentar reduzir o número de acidentes, o secretário informou que além de continuar com a operação Tolerância Zero (feita em parceria com a Polícia Militar), duas ações serão realizadas a partir do próximo ano. Entre os projetos estão a inclusão da disciplina de "educação no trânsito" nas escolas municipais e a instalação de mais radares nas vias arteriais.

"É um número [de mortes e acidentes] assustador e nós como poder público temos que trabalhar juntos para que possamos diminuir esse número que deixa todo mundo de coração arrasado", ressaltou Guerlles.

Conscientização

Para o instrutor de auto-escola Francisco Ferreira, o maior problema é a falta de conscientização de quem assume o volante. Segundo ele, a prevenção começa dentro de casa. "A gente percebe a ansiedade dos alunos em pegar essa carteira. Ele acha que quando tira sua carteira, pode fazer tudo no trânsito".

Acidente vitimou jovem

Neste fim de semana, um jovem de 23 anos morreu após bater o carro contra uma árvore, pouco antes das 4h desta segunda-feira (15), na Avenida Doutor Alexandre Rasgulaeff, no Jardim Imperial, em Maringá. Máximo de Paula Silveira Neto estava sozinho no carro. Ele morreu na hora. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Maringá.