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Imagens e foto feitas pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná buscavam atrair mais investidores |
Imagens e foto feitas pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná buscavam atrair mais investidores| Foto:
  • As bandeiras do Paraná, Brasil e São Paulo, em frente ao Grande Hotel Maringá
  • Vista do Grande Hotel Maringá. Ao lado esquerdo, a Catedral Nossa Senhora da Glória, ainda em madeira
  • Convite de inauguração do Grande Hotel Maringá, 1955
  • Construção do Grande Hotel, 1953
  • Traçado arrojado baseado na funcionalidade, 1957

O Grande Hotel Maringá foi planejado para abrigar personalidades importantes e investidores com maior poder aquisitivo. Seu traçado impressiona e fascina até os dias de hoje.

Sob encomenda da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, o arquiteto paulista José Augusto Bellucci concebeu a ideia. Sua construção foi anunciada em 1947, mesmo ano da fundação de Maringá, ainda como distrito de Mandaguari.

Dentro de uma área urbana de seis mil metros quadrados, o Grande Hotel Maringá foi erigido em alvenaria, entre 1952 e 1955, com 40 unidades habitacionais ampliáveis para 80 quartos. Seus dois andares, compostos por vários blocos, foram desenhados conforme a orientação solar, ou seja, primando pela ventilação cruzada natural.

Durante a inauguração do Grande Hotel Maringá, a 25 de junho de 1955, um fato singular ocorreu. Após o hasteamento das bandeiras do Paraná, do Brasil e de São Paulo (estado de origem dos dirigentes da Companhia Melhoramentos), Aníbal Goulart Maia, em protesto, sacou dois revólveres e desferiu diversos tiros em direção à bandeira paulista. A turma do "deixa disso" tratou de tranquilizar a situação. Interessante ressaltar que o Grande Hotel Maringá não atendia somente seus hóspedes e residentes, também era destinado para a sociedade maringaense, que, esporadicamente, participava de festas em seus salões (Salão Azul e Amarelo).

Um exemplo: o 1º Festival de Cinema de Maringá, realizado em 1958, que teve como grandes incentivadores Renato Celidônio e o então prefeito Américo Dias Ferraz, não só hospedou os astros do evento, como também abrigou o lançamento do festival. Por meio do envolvimento acadêmico, a 30 de maio de 2005, o Grande Hotel Maringá, já sob sua nova razão, Hotel Bandeirantes, foi tombado como patrimônio histórico do estado do Paraná.

Fotos: Acervo Maringá Histórica / Museu Bacia do Paraná / Gerência de Patrimônio Histórico / Biblioteca Bento Munhoz da Rocha Neto

* Miguel Fernando escreve aos sábados na Gazeta Maringá. Ele é bacharel em Turismo e Hotelaria e especialista em História e Sociedade do Brasil. É instituidor do Projeto Maringá Histórica, o qual se estende na coluna publicada na Gazeta Maringá e em outra, produzida para a Revista ACIM.

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