
Em Maringá, um pequeno grupo de pessoas se reúne semanalmente para trocar informações sobre uma paixão comum: o plastimodelismo, que é a prática de reproduzir em escala reduzida veículos como aviões, navios, carros e caminhões militares e civis.
De acordo com Luis Fukusawa, um dos participantes, o grupo se conheceu durante a compra de materiais para a montagem das miniaturas há cerca de seis anos. "A gente sempre se encontrava na única loja que vende as peças em Maringá. Ficamos amigos e nos encontramos para trocar dicas."
Fukusawa conta que pratica o plastimodelismo há mais de 30 anos. Ele começou a praticar o hobby na década de 1970, quando os kits para montar as miniaturas dos veículos eram facilmente encontrados à venda em grandes magazines. "Era uma febre entre a criançada porque era algo barato e que entretia por um bom tempo." Ele explica que naquela época, existia uma fábrica no Brasil que produzia os kits. Atualmente, as peças são todas importadas e vendidas, na maioria das vezes, em sites especializados.
O advogado Carlos Eduardo Weitz conta que encontrou no plastimodelismo uma forma de distração. "Há oito anos parei de fumar e o médico disse que eu precisava encontrar um hobby para controlar minha ansiedade." Por isso, Weitz afirma que uniu a paixão pela Segunda Guerra Mundial e a descendência alemã para criar réplicas dos veículos utilizados naquele período. "Meu primeiro navio foi um modelo Bismarck alemão."
Com o tempo, o advogado criou um atelier especialmente para se dedicar ao hobby. "Eu me dedico a isso pelo menos duas vezes por semana. Não gosta de novela, nem de futebol. Então é meu passatempo perfeito."
Fukusawa conta que a maioria dos kits tem como matéria-prima um tipo específico de plástico, chamado poliestireno. Para o acabamento, são utilizados colas e tintas especiais para a prática de plastimodelismo.
Ele explica que reproduz, especialmente, modelos de aviões utilizados durante a Segunda Guerra Mundial (1939 -1945). "Este é o período com mais variedade de modelos. Por isso, o mais interessante", defende. Para reproduzir com fidelidade os modelos, Fukusawa explica que além dos detalhes de pintura a padronização, reproduz a sujeira e o desgaste das turbinas, por exemplo. "Precisamos ser fiéis ao estado do modelo original."
Ele afirma que o hobby é um bom aliado para desenvolver a coordenação motora das crianças e despertar interesse pela história, já que para montar um veículo de determinado período, é preciso entender a simbologia dos elementos utilizados seja para o transporte civil ou de combate.
No próximo domingo (16), o grupo irá organizar uma exposição com cerca cem réplicas de veículos reproduzidos pelos artistas de Maringá e de outros estados do País.



