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Protesto

Paralisação dos Correios tira quase metade dos carteiros das ruas de Maringá

Ato acontece nesta quarta-feira, para protestar contra a privatização e terceirização a de serviços da empresa. Atendimento na Agência Central está prejudicado

Cerca de 95 funcionários dos Correios de Maringá realizam uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira (26). Do total, 80 são carteiros, que corresponde a 45% do total de trabalhadores que exercem essa função. Os outros 15 são atendentes da Agência Central.

O gerente-regional do Correios em Maringá, Carlos Mariani, afirma que a adesão de carteiros poderá prejudicar a entrega de correspondências convencionais. "Por conta da quantidade de carteiros que pararam, vamos priorizar a entrega das correspondências expressas, como os malotes, os telegramas e os Sedex", diz.

Os funcionários decidiram cruzar os braços em assembleia realizada na noite de terça-feira (25), para protestar, principalmente, contra a privatização e a terceirização dos serviços. O ato acontece também em outros pontos do estado e do país. Em todo o Paraná, há aproximadamente 6,3 mil servidores.

Como não são todos os funcionários que estão parados, os serviços dos Correios continuam sendo ofertados nas agências. "O atendimento só está precário na Agência Central, porque, dos 40 funcionários, 15 pararam", afirma o diretor-executivo do Sindicato dos Trabalhadores do Correios (Sintcom) do Paraná, Osmar Silva.

Em Maringá, os carteiros estão parados na Avenida Mauá. O protesto dos funcionários da Agência Central acontece na Avenida Horácio Racanello. "Nesta manhã, pretendemos distribuir panfletos para a população", diz Silva.

O JM entrou em contato com a Agência Central, onde trabalha o gerente-regional dos Correios, Carlos Mariani. No entanto, segundo a atendente, ele não estava presente. A reportagem também tentou o celular de Mariani, mas o aparelho estava desligado.

Reivindicações

Silva diz que a paralisação atrasará ainda mais a entrega de correspondências em Maringá, que já dura meses. Segundo ele, o motivo é a terceirização de alguns serviços, como o da condução dos caminhões identificados com a logomarca dos Correios. "Eles nem sequer usam uniforme."

De acordo com o Sintcom, o principal pedido dos trabalhadores é a contratação de mais funcionários. "A empresa não faz concurso público há quase 1 ano para contratação", disse o secretário geral do sindicato, Nilson Rodrigues dos Santos, em entrevista à Gazeta do Povo.

Outra reivindicação dos servidores, segundo o Sintcom, está relacionada à medida provisória que transforma a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em Correios do Brasil S.A., uma sociedade anônima.

Histórico

No segundo semestre do ano passado, funcionários dos Correios realizaram greve em Maringá, para reivindicar o acordo coletivo. A paralisação durou 10 dias.

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