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A Polícia Civil investiga possível crime de estelionato cometido pela empresa Fox Mega Store, que comercializava produtos pela internet e cuja sede ficaria em um prédio comercial na Avenida Getúlio Vargas, no centro de Maringá. O inquérito foi aberto depois que a corporação recebeu cerca de 50 denúncias, desde o fim de setembro, sobre eletrodomésticos comprados pelo site da loja e que não foram entregues.

Já o Procon recebeu duas denúncias de consumidores dos estados de Minas Gerais e de São Paulo e enviou fiscais ao endereço da loja, mas eles não encontraram nada no local. Segundo depoimento de vizinhos, o imóvel nunca havia sido ocupado definitivamente e os supostos funcionários não tinham assiduidade com horários de expediente.

"Ao receber quaisquer denúncias relacionadas a compras na internet, buscamos localizar de imediato [os responsáveis] e reparar o dano aos consumidores. Infelizmente, em muitos casos, não encontramos a empresa, o que já é um indício de fraude. Encaminhamos, então, o caso para a Polícia Civil e o Ministério Público (MP)", disse Antônio Carlos de Faria, coordenador de pesquisa e estatística do Procon Maringá.

Guilherme Gomes, escrivão da Delegacia de Polícia Civil responsável por investigar crimes de estelionato, disse que os responsáveis geralmente calculam o tempo em que o golpe será aplicado. "Enquanto os [primeiros] clientes esperam o prazo de entrega dos produtos, mais pessoas compram e, quando aparecem as primeiras denúncias, já decorreu tempo suficiente para os responsáveis pelas fraudes desaparecerem".

O escrivão da polícia acrescenta que observa a existência de um grande caso de estelionato pela internet por ano, gerando aproximadamente 80 denúncias, em Maringá.

Para se precaver de golpes na internet, O coordenador de pesquisa e estatística do Procon recomenda a pesquisa sobre a idoneidade da empresa pelo consumidor. "É importante fazer consultas sobre a loja e desconfiar de preços fora da realidade de mercado."

Do início de 2011 até setembro deste ano, o Procon Maringá recebeu 3.735 reclamações relativas a produtos, sendo 395 delas relacionadas a compras pela internet, o que equivale a 10,57%.

A reportagem da Gazeta Maringá ligou para os seis números de telefone divulgados no site da Fox Mega Store, mas todos eram inexistentes ou estavam indisponíveis.

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