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No Oeste e Sudoeste o temporal assustou os moradores, já na região Noroeste a estiagem preocupa os agricultores

Mais uma cidade da região Noroeste decretou estado de emergência em razão da estiagem. Nesta terça-feira (13), a prefeitura de São Pedro do Ivaí, a 80 quilômetros de Maringá, decidiu tomar a providência após constatar que as perdas nas lavouras foram de aproximadamente 70%. Na sexta-feira (08), a prefeitura de Floresta também tomou essa medida.

Segundo a prefeita de São Pedro do Ivaí, Maria Regina Rosa Magi (DEM), dos 500 hectares que foram plantados com milho, apenas 20% serão aproveitados. Nos campos de soja, que foram cultivados em 7.800 hectares, as perdas chegarão a 60%. "Ainda não fizemos um levantamento concreto dos prejuízos, mas acreditamos que serão superiores a R$ 11 milhões", afirma Maria Regina.

De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura, em 2008 o índice pluviométrico na região foi quase 60% menor do que o apresentado em 2007. "Entre novembro e dezembro de 2007 choveu 383,2 ml. Em 2008, no mesmo período, o número não chegou a 140 ml. Em dezembro foram apenas 69 ml", explica a prefeita.

Segundo Maria Regina, as chuvas dos últimos dias não amenizaram a situação dos agricultores. "A estiagem aconteceu no momento de crescimento e floração das plantas, por isso as perdas são irreversíveis", diz.

A pequena cidade, com aproximadamente 11.500 habitantes, tem como principal base econômica a agricultura. Com isso, a prefeita acredita que a estiagem irá causar danos, também, no comércio e setor de serviços da cidade. "São 278 produtores de grãos na cidade, eles movimentam muito dinheiro no município. Os comerciantes já estão reclamando que está tudo parado. Todos têm medo de gastar, pois preveem que não terão como pagar depois", afirma a prefeita.

Ela acredita que decretando o estado de emergência as autoridades irão se sensibilizar com a situação dos agricultores. "Estamos pedindo ajuda para os governos e financiadoras, pois a nossa situação é extremamente crítica. Queremos, pelo menos, o prolongamento do pagamento das dívidas", desabafa.

Na região

As plantações de milho e soja nas regiões de Marialva e Itambé ficaram sem chuvas significativas por 62 dias. Segundo a cooperativa agrícola Cocari, os 21 municípios associados, que juntos somam 250 mil hectares de área cultivada com milho e soja, vão perder, em média, 50% da plantação. Em algumas cidades as perdas podem chegar a 70%.

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