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Depois de ser impedido de sair da carceragem para ir ao dentista particular, um detento iniciou uma rebelião no final da tarde da última segunda-feira (12), na delegacia de Goioerê, na Região Centro-Oeste do estado. O motim foi controlado após a PM entrar na carceragem. Ninguém ficou ferido.

Segundo o investigador, Valdinei Arrabal, um detento que estava com consulta odontológica marcada avisou os policiais em cima da hora e, como teve a saída negada, iniciou a rebelião. "Em companhia de outros detentos, eles colocaram fogo em colchões e realizaram um bate grade, tudo para chamar a atenção". Arrabal contou ainda, que no horário da consulta não havia policiais disponíveis para fazer a escolta do preso até o consultório. "Todos os policiais estão trabalhando para capturar os fugitivos do último domingo. Dos 10, quatro presos já foram recapturados".

Para evitar fugas, o delegado Edson Rosa reforçou, o ano passado, com chapas de aço as paredes laterais, colocou pedras no piso e uma ‘gaiola’ no telhado para evitar o acesso de celulares no interior da carceragem. "A estrutura está danificada por conta de o prédio ser antigo. Do interior da carceragem até o muro da delegacia são apenas dois metros de solo encharcado por infiltrações", comenta Arrabal.

Fuga

Desde o início de 2010, três fugas e uma tentativa foram registradas na delegacia, que tem capacidade para 32, mas está superlotada com 73 detentos. No domingo passado, dez detentos escaparam da cadeia de Goioerê por meio de um túnel cavado pelos criminosos.

Segundo o investigador Elias Nunes, a delegacia construída há cerca de trinta anos deveria ser um espaço de reclusão temporária (enquanto duram as investigações) e não para abrigar presos condenados.

"O prédio é antigo e qualquer utensílio como uma colher pode ser utilizado facilmente para cavar um túnel", explicou. Antes da fuga, o local (que já teve até 120 presos) abrigava 74 detentos em um espaço destinado para abrigar 32 pessoas. Ainda de acordo com Nunes, apenas um carcereiro e quatro investigadores cuidam do local (com apoio da Polícia Militar). "Muitas vezes temos que fazer uma função que não é da Polícia Civil, mas sim de agentes penitenciários. Isso é desvio de função".

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