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Rebelados estouraram canos e abastecimento de água não foi restabelecido | Dirceu Portugal/Gazeta Maringá
Rebelados estouraram canos e abastecimento de água não foi restabelecido| Foto: Dirceu Portugal/Gazeta Maringá

A Polícia Civil encontra dificuldades para transferir os presos da cadeia de Ivaiporã, região Central, que teve a carceragem destruída no domingo (29) e as instalações interditadas pela juíza da vara local na segunda (30). Até a tarde desta quarta-feira (1), apenas 21 dos 163 presos foram removidos. Segundo o superintendente da Delegacia de Ivaiporã, Aparecido Pinto da Silva, a situação se agrava porque depois do quebra-quebra, a rede de água não funcionou mais e os detentos já estão há três dias sem banho e sem limpeza dos banheiros.

Nesta quarta, foi conseguida a transferência de mais 20 detentos para Londrina, e o transporte deve ser feito na manhã desta quinta, com apoio logístico da Polícia Militar. Durante a rebelião, que durou aproximadamente seis horas, os presos quebraram portas, grades e parte das instalações elétricas e hidráulicas. Obras emergenciais foram feitas, mas o abastecimento de água não foi refeito, o que deve ocorrer nesta quinta.

Dois presos ficaram levemente feridos durante o motim – um deles teve parte da orelha cortada com um pedaço de serra. Eles se rebelaram por conta da superlotação na delegacia e após o novo delegado – Antônio Silvio Cardoso, que assumiu o cargo no último dia 13, mandar retirar do interior da carceragem televisores, um deles 29 polegadas, e oito geladeiras.

Segundo Cardoso, após a rebelião, apenas o solário permaneceu intacto. "A carceragem não tem mais estrutura para abrigar os presos. Eles irão passar as noites no solário sendo vigiados por policiais militares". O problema é que todas as delegacia da região estão superlotadas, com explicou o superintendente. "Os juízes estão ajudando, mas está difícil de encontrar vagas". Se antes era pretendida a evacuação, hoje a direção já trabalha com uma meta de transferir entre 60 e 70 presos, e assim iniciar a reforma.

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