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Previsão do tempo

A previsão do tempo do Simepar indica chuva para Curitiba e Litoral hoje, mas o temporal de ontem não deve se repetir. Segundo o instituto, a tormentas vistas por todo o Estado foram causadas por uma frente fria que veio da Argentina e se deslocou sobre a região Sul do Brasil. A frente de instabilidade, contudo, avançou rapidamente e já seguiu para o Sudeste.

Já para hoje, o ingresso de uma massa de ar mais seco e frio proporciona o retorno do Sol em grande parte do Estado. O tempo ficará encoberto nas demais regiões do Paraná, mas não deve voltar a chover. Nas regiões Norte e Noroeste, as temperaturas podem chegar a 25ºC.

A tendência de tempo firme deverá se manter ainda pelos próximos cinco dias, garantido um Feriadão ensolarado e com temperaturas em elevação, em todo o Paraná.

Pelo menos 13 cidades do Paraná tiveram prejuízos materiais com o temporal que passou pelo estado nesta quinta-feira (7). Os danos foram causados, na maioria, por quedas de árvores sobre casas, carros e redes elétricas. Em Tupãssi, região Oeste, a ventania derrubou 3 torres de transmissão de energia elétrica, mas a situação mais trágica ocorreu longe do perímetro urbano. No município de Marilena, região Noroeste, uma embarcação de pescadores virou com uma rajada de vento causada pelo temporal, deixando desaparecido o delegado aposentado Luiz Carlos Azevedo. O acidente ocorrer no fim da manhã, e até 19 horas ele não havia sido encontrado.

De acordo com o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, chefe da comunicação social da Defesa Civil do Paraná, as piores situações se concentraram em quatro cidades da região Oeste. Embora os estragos nestes municípios tenham sido pequenos, eles não tinham condições de sozinhos darem conta dos atendimentos, e precisaram pedir socorro para a defesa civil de cidades vizinhas.

"Os efeitos nesses municípios foram mais graves porque afetaram dimensões maiores que a capacidade de atendimento. Outras cidades tiveram prejuízos maiores, mas dentro da margem de atendimento que já estão acostumadas", explicou Pinheiro. As cidades nessas condições foram Braganey, Laranjal, Medianeira e Marmeleiro.

Duas equipes do Corpo de Bombeiros realizaram buscas no Rio Paraná, no vilarejo de Porto Maringá, onde desapareceu o delegado aposentado Luiz Carlos Azevedo. Por volta de 12h, uma rajada forte de vento virou uma embarcação com três pessoas que estavam pescando. Dois conseguiram se salvar, mas o terceiro ficou desaparecido. O grupo residia em Bela Vista do Paraíso, região de Londrina e estava em embarcação pequena.

No Oeste, a ventania colocou no chão três torres de transmissão que ligam Itaipu ao restante do País. Para evitar que o abastecimento fosse interrompido, um sistema auxiliar precisou ser acionado. Técnicos de Furnas passaram a tarde avaliando os danos, e calculam que vão demorar quatro dias para reerguer as estruturas, que pesam 250 toneladas cada. Para isso, 250 homens precisarão trabalhar no local.

Em Cascavel, o temporal arrancou parte da cobertura do prédio onde funciona o Samu e danificou a central telefônica. As 18 linhas telefônicas foram direcionadas ao Siate, que passou a atender as chamadas.

Noroeste e Norte

Em Maringá, a meteorologia do Aeroporto Regional registrou vendável de 138 km/h no momento em que o temporal chegou à cidade, por volta de 8h. Depois disso, a Secretaria de Serviços Públicos passou o dia removendo as 58 árvores que caíram em toda a cidade. Uma delas desabou sobre um carro em movimento, ferindo o motorista.

Dez postes também caíram, deixando 4,2 mil casas sem energia elétrica na cidade. Por volta de 19 horas, ainda havia residências no escuro. Na mesma região, Sarandi teve casas destelhadas e ruas alagadas, o que complicou o trânsito. Em Marialva, além de prejuízos materiais, centenas de alunos foram dispensadas porque faltou luz em duas escolas.

No Norte Pioneiro, Cornélio Procópio, Andirá, Jaguariaíva e Bandeirantes tiveram casas destelhadas e famílias desalojadas. 90 mil residências ficaram sem eletricidade. Em Campo Mourão, por volta das 08h20, uma nuvem escura cobriu toda a região e assustou moradores da cidade, onde há dez dias uma chuva de granizo destruiu cerca de 1,6 mil telhados. A cidade ainda se recupera dos prejuízos e muitas casas seguem cobertas com lonas.

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