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Gazeta Maringá - Este ano tivemos muitas mudanças no trânsito, com a implantação do sistema binário, e também percebemos uma atuação bem mais rígida na fiscalização. Ainda assim, nada impediu que em 2010 Maringá registrasse recorde de mortes no trânsito. Sabemos que a irresponsabilidade do motorista é a principal causa de acidentes, mas, mesmo assim, a prefeitura pensa em mais ações para evitar essa crescente de acidentes?

Silvio Barros - Existem várias medidas na área da educação de trânsito. No ano que vem começamos com cadeira no currículo escolar de educação no trânsito. Isso tende a ajudar mudar as coisas, porque criança fiscaliza com mais liberdade do que os adultos. Por outro lado, vamos continuar com campanhas e blitz educativas e aumentado cada vez mais o rigor. Vamos aumentar significativamente o número de instrumentos de fiscalização, radares e mecanismos de controle de avanço de sinal.

Estamos fazendo uma análise de campanhas que deram certo em outros lugares do Brasil e do mundo, que deram certo e tentar adotar a mesma metodologia. Entre os exemplos, campanhas que foram adotadas na Espanha e na Inglaterra e que produziram uma redução significativa no número de acidentes. Sempre relutamos em usar esse tipo de campanha, porque ela é muito agressiva, pois mostra o fato real. Sempre evitamos porque é uma coisa muito chocante, mas mais duro do que isso são as pessoas continuarem morrendo. A questão da rodoviária velha também foi um dos fatos marcantes que envolveram a administração municipal esse ano. Como o senhor avalia o desfecho do caso e queria saber se o senhor não teme que sua administração fique com a pecha de ter derrubado um dos poucos prédios históricos da cidade?

Volta a insistir que não tenho nenhuma preocupação em relação a isso. A razão pela qual não tenho essa preocupação é porque a rodoviária velha ia cair de qualquer jeito, a menos que alguém fizesse uma intervenção caríssima no prédio. Eu não ia assumir essa responsabilidade, pois o prédio era privado. A equação de salvação da rodoviária era extremamente complexa, tanto, que ela ficou interditada todo esse tempo e não tivemos uma proposta alternativa àquilo que nós fizemos.

A solução que estamos propondo é muito mais adequada para a cidade de Maringá. A maior parte das nossas vidas, nós vamos viver no futuro e não no passado. Temos que olhar para frente. Não estou negando, de forma alguma, o valor histórico, mas a gente preserva aquilo que temos condições de fazer o investimento e salvar.

Nós entendemos que esse novo empreendimento que vai surgir ali, ele faz uma requalificação da área central da cidade. Gera para o município um novo centro cultural, um espaço público de biblioteca central, e investimentos que vão nos ajudar a recompor a situação social que envolvia os arredores da rodoviária, com prostituição de menores e tráfico de drogas.

Eu penso que a situação foi acertada. Infelizmente foi demorada demais. Já poderíamos estar com esse prédio praticamente concluído, mas não há, da minha parte enquanto gestor arrependimento.

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