A comissão interna que avalia o sistema de cotas sociais da Universidade Estadual de Maringá (UEM) identificou problemas e sugeriu mudanças na forma atual do processo, conforme parecer concluído no mês de setembro. A comprovação de renda dos cotistas pode passar a exigir a apresentação de declaração de bens. A mudança precisa ser analisada e aprovada pelo Conselho Universitário.
O sistema de cotas da UEM reserva 20% das vagas da universidade para alunos de baixa renda oriundos de escola pública. Os critérios para a concessão do benefício são os seguintes: não ter outra diplomação, sempre ter estudado em escola pública e possuir renda familiar de até um salário mínimo e meio (per capita). A universidade tem 586 estudantes que ingressaram pelo sistema.
Os membros da comissão entenderam que é necessário ampliar os critérios de seleção principalmente no que se refere à comprovação de renda, pois a documentação exigida atualmente dá margem para a prestação de informações falsas. Pelo formato atual, a comprovação de renda é feita mediante declaração de imposto de renda ou holerite.
Com a possível mudança, o candidato deverá apresentar relatório de bens imóveis, como propriedades rurais e casas. Sítios e residências pequenas serão permitidos até um limite que não configure posse de grandes patrimônios, mas esse tamanho máximo ainda não ficou definido.
Sistema mais seguro
"É um sistema de avaliação bastante complexo e a comprovação de renda é a maior dificuldade. O trabalho da comissão que foi constituída percebeu que a aferição dos documentos é onde há mais problemas", disse a pró-reitora de ensino da UEM, Edinéia Rossi. Segundo ela, as novas exigências visam deixar o sistema mais seguro.
O tema foi objeto de discussão em fórum popular realizado na tarde desta quarta-feira (20).
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