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RECONSTRUÇÃO

Marinha lança nova licitação para estação na Antártida

Antigo complexo no continente antártico foi destruído por um incêndio em 2012. Licitação anterior, de fevereiro, não teve interessados

A nova estação deve custar R$ 254,3 milhões. O projeto é de um escritório curitibano | Marinha do Brasil/Divulgação
A nova estação deve custar R$ 254,3 milhões. O projeto é de um escritório curitibano (Foto: Marinha do Brasil/Divulgação)

A Marinha lança amanhã uma nova tentativa de licitação para a reconstrução da Estação Comandante Ferraz, base do Brasil no continente antártico. De acordo com o secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, contra-almirante Marcos Silva Rodrigues, o valor máximo a ser aceito pelo governo para a nova estação será de US$ 110,5 milhões (R$ 254,3 milhões). Em fevereiro de 2014, a primeira tentativa de realizar a nova licitação da base brasileira fracassou por falta de interessados em fazer a obra. O edital anterior era uma licitação nacional com preço máximo de R$ 147 milhões. A estação brasileira anterior pegou fogo em fevereiro de 2012.

O projeto executivo para a reconstrução da estação foi elaborado pelo Estúdio 41 Arquitetura, de Curitiba. Ainda em 2012, a Marinha iniciou o processo para reconstruir uma estação permanente. Um concurso de projetos promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) – e vencido pelo escritório curitibano – escolheu o formato de uma nova estação que agora a Marinha busca licitar pela segunda vez. "Vamos fazer uma estação que é o estado da arte em termos de continente antártico", afirmou Rodrigues.

De acordo com o comandante do projeto, após o fracasso da primeira tentativa, a Marinha conversou com as empresas e fez mudanças no edital, principalmente no aspecto dos custos de transporte e das bonificações referentes aos custos da construção. O projeto também ficou mais caro porque foi refeito o estudo sobre as fundações da estação. O novo levantamento mostrou que as estacas custariam muito mais do que o previsto no projeto anterior. A previsão era encontrar rochas para colocar as fundações a cerca de 15 metros de profundidade. Novos estudos, no entanto, mostraram que as rochas estavam a cerca de 100 metros de profundidade.

Dólar

Outra preocupação das empresas que desistiram da concorrência anterior foi de que os valores estavam em reais e não havia proteção para variações do dólar, moeda em que será feita parte dos pagamentos para a construção.

Obra

De acordo com o comandante, há empresas estrangeiras e nacionais que interessadas em participar da disputa. O edital prevê que o resultado da disputa saia em 45 dias após a publicação. A obra deve começar ainda neste verão antártico, que inicia em outubro. A previsão é que a obra esteja entregue até março de 2016, mas o clima imprevisível na região pode atrasar a entrega, segundo o comandante.

A nova estação terá 147 mil metros quadrados, o mesmo tamanho da anterior que começou a ser construída em 1982. O Brasil construiu uma estação provisória no local no ano seguinte para tentar manter as pesquisas que estavam em andamento no período do incêndio.

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