Cinco marinheiros turcos, integrantes da tripulação do navio Seref Kuru, de bandeira maltesa, vão ser levados a júri popular federal em Paranaguá, no final deste mês, por tentativa de homicídio contra o clandestino camaronês Wilfred Ondobo Happy. Um dos réus, o imediato Orhan Satilmis, também será julgado pelos crimes de tortura e racismo.
O comandante do navio, Coskun Çavdar, que também havia sido denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), foi liberado por ausência de provas e seguiu na tarde de segunda-feira (1º) para a Turquia após permanecer 94 dias sob liberdade vigiada em um hotel. No final de junho, o navio foi retido no porto de Paranaguá, após o MPF receber a denúncia de que um camaronês que viajava clandestinamente na embarcação teria sido lançado ao mar pelos tripulantes, a cerca de 15 km da costa brasileira. Todos os 19 integrantes da tripulação foram desembarcados e mantidos sob liberdade vigiada, proibidos de deixar a cidade de Paranaguá.
No inicio de agosto, navio deixou o porto com nova tripulação, vinda da Turquia. No mesmo mês, a justiça liberou 13 tripulantes e aceitou denúncia contra os marinheiros Ihsan Sonmezocak, Mamuka Kirkitadze, Zafer Yildirim e Ramzan Ozdamar por tentativa de homícidio. O imediato Satilmis e o comandante Çavdar também foram denunciados pelo mesmo crime.



