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Médico estrangeiro poderá ficar até três anos no Brasil, diz Mercadante

Profissionais com registro em outro país vão trabalhar com registro provisório em regiões onde hoje faltam esses profissionais. Atividade receberá tutoria de universidades federais

O ministro Aloizio Mercadante (Educação) informou hoje (14), em audiência pública no Congresso, que o ingresso de médicos formados no exterior - em países como Cuba, Portugal e Espanha, por exemplo - será uma política temporária e os profissionais selecionados poderão atuar no Brasil por um prazo de até três anos.

Segundo o ministro, há uma "política estruturante" para o aumento do número dos profissionais no Brasil, que será feita com abertura de novas escolas de medicina em regiões onde hoje há carência de médicos e estrutura para recebê-los. Isso será feito por meio de editais do MEC (Ministério da Educação), que deverão ser publicados ainda neste semestre.

Ao mesmo tempo, disse o ministro, haverá uma "política de transição". Médicos com registro em seu país virão para o Brasil e trabalharão com registro provisório em regiões onde hoje faltam esses profissionais. A atividade receberá tutoria das universidades federais.

Esses médicos não poderão atuar na rede privada e não receberão um registro definitivo no país, disse o ministro.Durante a audiência, a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) criticou a impossibilidade desses profissionais atuarem em consultórios particulares. "Quem é que vai controlar isso? Ninguém vai dar conta de controlar o mercado. Por que essa reserva de mercado?", questionou.

Revalida

Mercadante disse ainda que o governo realiza estudos para "calibrar" o Revalida, prova de revalidação de diplomas de medicina obtidos no exterior. O ministro, entretanto, negou que isso signifique facilitar o conteúdo cobrado na prova.

"Não vamos flexibilizar o Revalida. Estamos pré-testando para ter uma régua [de avaliação]. (...) O MEC não vai resolver essa questão baixando o sarrafo para que todos possam virar médicos no Brasil", disse.

Durante a audiência, Mercadante sugeriu debate sobre proposta do médico Adib Jatene de que, ao terminar o curso, o médico fique dois anos trabalhando no SUS (Sistema Único de Saúde).

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