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Das três espécies brasileiras, somente a Hippocampus reidi foi encontrada na Baía. | Bigstock/
Das três espécies brasileiras, somente a Hippocampus reidi foi encontrada na Baía.| Foto: Bigstock/

Sob as águas da Baía de Guanabara, cavalos-marinhos da espécie Hippocampus reidi, nativos da região, resistem em meio à poluição. Mas a população que sobrevive, apesar da degradação do mar fluminense, é pequena – pesquisadores não sabem o número exato de habitantes – e corre o risco de desaparecer, segundo especialistas. Além do esgoto e do lixo, a pesca predatória também é uma ameaça para os animais, considerados vulneráveis pela International Union for Conservation of Nature (IUCN).

A espécie

Classificação: são peixes que pertencem ao gênero Hippocampus e à família Syngnathidae.

Tipos: das três espécies brasileiras, somente a Hippocampus reidi foi encontrada na Baía de Guanabara.

Tamanho: de 12cm a 14 cm.

Expectativa de vida: em média, 3 anos no habitat natural, e 4 no aquário.

Alimentação: pequenos crustáceos.

Gestação: de 12 a 20 dias, podendo gerar até 1.700 filhotes.

“A poluição química das indústrias provoca a diminuição dos cavalos-marinhos. No ano passado, eram bem mais abundantes e agora parece Hiroshima depois da bomba. Quando aparecem, estão mortos”, critica o biólogo César Bernardo Ferreira, mestrando da Unigranrio, cuja área de pesquisa é na Ilha do Governador.

Do outro lado da baía, no costão rochoso da Praia da Urca, a população de cavalos-marinhos é monitorada por cinco pesquisadoras do Departamento de Biologia da Universidade Santa Úrsula. Segundo a coordenadora do projeto, Natalie Freret, por mês, só consegue encontrar cerca de cinco animais. “Os riscos que a Baía de Guanabara oferecem são muito grandes. São muitas ameaças para uma população pequena e que a gente conhece pouco”, alerta Natalie, que também monitora a espécie no em outras cidades do litoral do estado.

Diferentemente dos botos e das tartarugas-verdes, que aparecem no espelho d’água, os cavalos-marinhos, que são um tipo de peixe, ficam submersos na maior parte do tempo.

Durante o “namoro”, os animais mudam de cor para mostrar que estão aptos para a reprodução. Após três dias de paquera, se entrelaçam e os corpos unidos formam uma espécie de coração durante o acasalamento. Por muito tempo, acreditava-se que os peixes eram sinônimo de fidelidade, mas isso já caiu por terra. Segundo Natalie, já há pesquisas comprovando que os cavalos-marinhos se reproduzem com diferentes parceiros ao longo da vida.

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