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O desmatamento da Amazônia acelerou de ritmo e aumentou 35% no último ano, o que pôs fim a oito anos de trajetória descendente, segundo números preliminares divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A Amazônia perdeu 2.765,62 quilômetros quadrados de floresta entre agosto de 2012 e julho de 2013 - o ano pluviométrico que o governo usa como referência-, segundo dados do sistema de vigilância por satélite Deter.

O dado de desmatamento é 34,84% superior à superfície detectada por satélite no ano pluviométrico anterior (2.050,97 quilômetros quadrados, entre agosto de 2011 e julho de 2012).

Estes dados são incompletos, porque dependem da densidade das nuvens e porque o satélite só detecta áreas de mais de 25 quilômetros quadrados e, por isso, o governo posteriormente revisa esses números usando outras fontes de informação, com o que pode até duplicar os cálculos do Inpe.

Deste modo, o balanço oficial do governo entre agosto de 2011 e julho de 2012 refletiu que a floresta amazônica perdeu nesse período 4.571 quilômetros quadrados, o menor número desde 1988, quando começaram as medições.

O Mato Grosso foi responsável por 42,8% do desmatamento do ecossistema amazônico no último ano, segundo os dados do Inpe.

O instituto também divulgou hoje o dado de agosto, quando foram desmatados 288,6 quilômetros quadrados de floresta, uma melhoria de 44,74% com relação ao mesmo mês de 2012.

Em seu plano contra a mudança climática, o Brasil se comprometeu voluntariamente a reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020 em relação ao número de 1990, o que representa uma meta de destruição anual de 3.925 quilômetros quadrados.

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