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O ambientalista Jean-Michel Cousteau, filho do explorador Jacques Cousteau, pediu na manhã desta terça-feira que os chefes de Estado decidam na Rio+20 proteger ao menos 20% da área dos oceanos do planeta.

Segundo ele, que participa do TEDxRio+20 no Forte Copacabana, as águas internacionais não recebem atenção em razão do desconhecimento do impacto da poluição e das mudanças climáticas nos mares.

Cousteau afirmou que apenas 1% das águas internacionais está protegida, enquanto no continente a taxa sobe para 14%."Isso acontece por causa da ignorância sobre o impacto das mudanças no oceano", disse Cousteau.

Em sua palestra, ele defendeu que as mudanças só ocorrerão se os ambientalistas conseguirem "chegar ao coração dos tomadores de decisão".

"Meu pai disse uma vez que nós só protegemos o que amamos. Mas como podemos amar aquilo que a gente não conhece?."Cousteau disse, por exemplo, que o ex-presidente norte-americano George W. Bush, após informado sobre o impacto da poluição sobre as baleias no Havaí, criou em 2006 a maior área protegida no mar do mundo.

O ambientalista defendeu também que rios, lagoas e mares sejam analisados como um sistema único, totalmente conectado. E os impactos gerados na água, disse ele, podem chegar a qualquer lugar no mundo. "Está tudo conectado. Precisamos compreender o sistema. Quando vejo imagens da Terra do universo não vemos fronteiras", afirmou.

Plânctons

O biólogo suíço Colomban de Vargas afirmou que os plânctons e os seus efeitos precisam ser estudados como uma nova forma de vida sobre a Terra. Análises de plânctons colhidos em 40 mil amostras oceânicas ao redor do planeta comprovaram a intensa vida celular dos microorganismos.Segundo Vargas, os plânctons são importantes porque captam carbono e o transformam em oxigênio. Um problema, porém, é a morte dos organismos. Eles se acumulam no fundo dos oceanos causando a "bomba do oceano", ou seja, contribuindo para a degradação da vida aquática.O biólogo falou nesta terça aos participantes da TEDxRio +20.

O levantamento dos plânctons passou pela costa brasileira. Duas estações de coleta dos microorganismos foram instalados no oceano para a amostragem. Ainda não foram demonstrados resultados específicos. De acordo com Vargas, cerca de 1,5 milhão tipos de plânctons foram detectados ao redor do mundo.

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