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A União Europeia (UE), em meio a uma das maiores crises econômicas da sua história, foi o participante das negociações da Rio+20 a demonstrar maior insatisfação com o novo texto do documento final apresentado pelo Brasil no sábado. Em nota divulgada pela delegação da UE, o bloco diz que "apesar de ter algumas boas coisas, o texto não parece alcançar a ambição necessária (nem o resultado com foco que o Conselho Europeu demandou) em prol do desenvolvimento sustentável e de uma economia verde inclusiva".

Outros participantes das negociações, como os Estados Unidos e países africanos, tiveram reações mais matizadas, reconhecendo alguns avanços no novo texto, mas indicando que intensas negociações serão necessárias para um consenso.

A nota da UE deixa claro que os países europeus lutam por um documento final mais incisivo nas questões ambientais propriamente ditas. Isso inclui uma definição mais forte de economia verde, um conceito que o G77 (que representa mais de 130 países em desenvolvimento, inclusive o Brasil) vê com desconfiança pelo temor de que envolva novas formas de protecionismo ou de condicionalidades para suporte financeiro ou outras formas de apoio por parte dos países ricos.

Manifestando preocupação com o crescimento populacional e a pressão exercida sobre recursos naturais pelo aumento da produção e do consumo, a nota da UE afirma que "a economia verde é a chance de transformar estes desafios em oportunidades". Para o bloco, a economia verde é o caminho para "criar empregos, tirar pessoas da pobreza, alimentar nossas crianças e ao mesmo tempo reduzir a pressão sobre o meio ambiente".

A UE pediu que o novo texto redigido pelo Brasil, percebido como excessivamente vago por delegados e ONGs, inclua "objetivos e metas com prazos concretos e sistemas de monitoramento para medir progressos". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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