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Cerca de 200 pessoas, entre indígenas, agricultores e pescadores afetados pela construção da Hidrelétrica de Belo Monte, ocuparam nesta sexta-feira (15) o local onde a barragem será construída, próximo à vila de Santo Antônio. No local, o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) ergue uma barragem de terra conhecida por ensecadeira. O protesto foi realizado para coincidir com a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro, a Rio+20.

Segundo os ambientalistas, o objetivo era denunciar os crimes socioambientais que estariam sendo cometidos com a construção de grandes projetos hidrelétricos na Amazônia. Belo Monte é a primeira de várias barragens que o governo brasileiro pretende construir na região.

Munidos de pás, enxadas e picaretas, os manifestantes marcharam até uma das barragens e abriram um pequeno canal para "restaurar o fluxo natural do Xingu", informaram assessores do Xingu+23, evento realizado em Santo Antônio, a 50 km de Altamira, em comemoração dos 23 anos contra Belo Monte.

Enquanto era aberto o canal, outros ativistas usaram seus corpos para formar a mensagem "Pare Belo Monte". Em seguida, plantaram 500 árvores de açaí para estabilizar a margem do rio destruída pelo início das obras e ergueram 200 cruzes em memória daqueles que perderam a vida defendendo a floresta.

Uma delegação de observadores internacionais e ativistas de direitos humanos também estava presente. Além das manifestações em Santo Antônio, também foi realizada uma marcha por centenas de moradores até a sede da Norte Energia S.A (Nesa).

A coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS), Antonia Melo, disse que a "luta está longe de um fim". "Nosso apelo para o mundo é que este rio se mantenha vivo. Nós, as pessoas que vivem ao longo das margens do Xingu, que subsistem do rio, que bebem do rio e já estão sofrendo as consequências desse projeto de morte, exigimos: "Pare Belo Monte!" As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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