
O garoto de 11 anos, que na quarta-feira da semana passada foi atacado por um tigre no zoológico de Cascavel, recebeu alta ontem e deixou o Huop (Hospital Universitário do Oeste do Paraná) por volta das 18 horas. Um forte esquema foi montado para despistar a imprensa e evitar o registro de imagens do menino. O advogado Yvan Gomes Miguel, que defende Marco do Carmo Rocha, pai do garoto, disse que pretende "blindar" o jovem da exposição midiática.
O menino foi levado para um hotel da cidade e hoje deverá embarcar em um voo para São Paulo, onde mora. Ele estava em Cascavel a passeio junto com o pai e um irmão mais novo quando ocorreu o acidente. O pai, a mãe e o padrasto, identificado apenas como Luiz, acompanharam a saída do menino, que entrou em um carro e saiu pelos fundos do hospital.
Um pouco antes de o garoto deixar o hospital, a mãe dele, que identificou-se apenas como Mônica, disse que o filho "está começando a se virar sozinho". Segundo ela, o filho está bem, abre portas sozinho, vai ao banheiro sem ajuda e está começando a retomar algumas atividades. "Estamos felizes pelo estado físico e emocional [dele] agora, porque ele já está se recuperando muito bem", reiterou.
Segundo a mãe, o menino ficou impressionado com a repercussão do caso. "Só que o tempo inteiro ele ficou preocupado com o tigre, preocupado com a união das pessoas. Ele falou que se fosse para o tigre ficar bem [o acidente] não foi em vão", desabafou.
O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil, que apura também o vazamento de imagens do braço dilacerado do menino feitas logo após ele dar entrada no hospital. O Huop informou que abriu um procedimento interno de investigação para apurar o caso.



