• Carregando...

FOZ DO IGUAÇU - Uma dívida de droga pode ser a causa de mais um crime bárbaro na fronteira do Brasil e Paraguai. A vítima é um garoto de 12 anos que teve o corpo decapitado. Inicialmente, os policiais receberam denúncia anônima e localizaram a cabeça dentro de uma mochila, em frente ao Parque Remador, no Porto Meira, em Foz do Iguaçu, fronteira com a Argentina, por volta da meia-noite de domingo. No início da manhã de ontem, eles identificaram a outra parte do corpo que apareceu boiando no Rio Paraná, próximo à Favela da Marinha, fronteira com o Paraguai.

A polícia suspeita que o autor do crime seja o mesmo que há exatamente um mês, no dia 29 de agosto, também assassinou com crueldade Luiz Carlos da Silva Vieira, de 20 anos. A cabeça dele foi encontrada em uma praça de Foz do Iguaçu e o corpo na Favela Monsenhor Guilherme, vizinha à Favela da Marinha. Luiz Carlos tinha passagem na polícia por furto e também pode ter sido vítima de traficantes que cobravam dinheiro de droga. A polícia ainda não prendeu o autor.

O delegado Fábio Amaro, responsável pelo caso, aguarda informações da família para levantar mais dados. O corpo foi identificado no início da noite de ontem. Segundo o delegado, a situação é complicada porque o crime ocorreu em uma favela, onde a lei do silêncio impera. Para Amaro, a situação preocupa porque, apesar de o número de homicídios na cidade estar caindo, há brutalidade na ação dos assassinos.

O corpo do garoto, que seria usuário de droga e com passagens em instituições sociais para recuperação da dependência, tinha ferimentos de arma branca na região abdominal e pancadas na cabeça, provavelmente desferidas com pau ou machado.

Foz do Iguaçu lidera os homícidos juvenis no Brasil. Este ano, a polícia registrou 162 assassinatos contra 294 no ano passado, em todas as faixas etárias. Segundo a polícia, a maioria dos jovens que morre na cidade é vítima do tráfico.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]