Ao completar meio século de existência, no ano que vem, o Mercado Municipal de Curitiba passará por obras de reforma e ampliação que praticamente duplicarão a área construída e consolidarão o local como pólo turístico e gastronômico. A licitação foi aberta na última quinta-feira, com a publicação pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) de um edital de tomada de preços para serviços de topografia, sondagem e elaboração de projetos, com valor total estimado de R$ 447.395,28.
O custo total da execução ainda não foi estimado, mas o secretário municipal do Abastecimento, Norberto Ortigara, informou que 12 representantes paranaenses na Câmara dos Deputados e no Senado apresentaram emendas ao Orçamento da União para garantir a destinação de recursos à obra. Ainda de acordo com o secretário, o projeto de Orçamento que tramita na Câmara Municipal também prevê verba para a reforma do mercado. "Será a resolução de problemas crônicos", promete.
As mudanças deverão assegurar mais conforto aos usuários. O mercado recebe cerca de 50 mil consumidores por semana e deverá ter um acréscimo de 7 mil com a área de orgânicos. Uma das maiores dificuldades para os freqüentadores é estacionar seus veículos. Esse gargalo será resolvido com a construção de um estacionamento vertical, que terá inicialmente 360 vagas, com possibilidade de ampliação.
A parte logística também passará por modificações. As operações de carga e descarga, que atualmente causam transtornos aos moradores das imediações, passarão a ser feitas dentro do mercado. Para isso será construída uma nova entrada pela Avenida Sete de Setembro.
"A carga e descarga de peixes atenderá às normas da vigilância sanitária", afirma a supervisora de Planejamento do Ippuc, arquiteta Célia Regina Bim.
A área de alimentação será ampliada, com a implantação de novos restaurantes, enquanto os já existentes serão melhorados, também para cumprir as exigências da vigilância sanitária, cada vez mais rígidas. No hall de entrada, haverá ambientes para degustação de produtos. "A intenção da Secretaria do Abastecimento é tornar o mercado um centro de referência em todas as tendências de alimentação e gastronomia", explica Célia.
O projeto terá uma arquitetura limpa, para não conflitar com a já existente. Outros pontos da reforma serão a implantação de uma nova identidade visual e a revitalização da região. Está prevista ainda a solução para outro antigo problema das instalações: o calor na área de frutas e hortaliças. O trabalho de climatização e isolamento térmico deverá evitar a perda de produtos.
A arquiteta informou que o estudo preliminar das obras foi apresentado ao prefeito Beto Richa há um mês. "Será feita uma reunião com os comerciantes para que eles possam tomar conhecimento da reforma e dar sugestões para o projeto", anuncia.



