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surto no nordeste

Ministério da Saúde diz que não há orientação para evitar gravidez por aumento de casos de microcefalia

Diretor do órgão teria aconselhado mulheres pernambucanas a adiarem planos de engravidar na quinta-feira (12). Nota do ministério divulgada na sexta (13) desmente orientação

Um dia depois de o diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, aconselhar as mulheres de Pernambuco a adiarem os planos de gravidez por causa do surto de microcefalia, a pasta divulgou nota afirmando que não há essa orientação. Há um surto de casos de bebês com a doença em pelo menos cinco estados do Nordeste e equipes de saúde investigam as razões para o aumento das notificações.

INFOGRÁFICO: Entenda o que é a microcefalia

“Até que se esclareçam as causas do aumento da incidência dos casos de microcefalia na região Nordeste, as mulheres que planejam engravidar devem conversar com a equipe de saúde de sua confiança. Nessa consulta, devem avaliar as informações e riscos de sua gravidez para tomar a sua decisão. Não há uma recomendação do Ministério da Saúde para evitar a gravidez. As informações estão sendo divulgadas conforme o andamento das investigações. A decisão de uma gestação é individual de cada mulher e sua família”, diz a nota.

Além disso, a pasta divulgou recomendações para as gestantes. Elas devem fazer exames de pré-natal, evitar álcool e drogas, não usar medicamentos sem orientação médica e se proteger de mosquitos. Segundo o ministério, é importante que as gestantes e suas famílias adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, retirando recipientes que tenham água parada e cobrindo adequadamente locais de armazenamento de água. Além disso, a nota também recomenda que as famílias mantenham portas e janelas fechadas ou teladas, que as gestantes usem calça e camisa de manga comprida e utilizem repelentes para evitar picadas de mosquitos.

Casos

Até esta sexta-feira (13), são 243 notificações da má-formação que era considerada um evento raro na pediatria.Crianças com o problema apresentam uma circunferência cefálica menor do que a média e podem ter deficiência mental, motora, problemas de visão e audição. Os números são superiores aos registros de microcefalia do Ministério da Saúde para todo o país durante um ano. Segundo dados da pasta, entre 2010 e 2015, a média foi de 154 casos de microcefalia no Brasil por ano. A maior parte dos casos está concentrada em Pernambuco (141 casos), seguido por Sergipe (49), Rio Grande do Norte (22), Piauí (12) e Paraíba (9).

Um boletim epidemiológico sobre os casos de microcefalia no país será divulgado na próxima terça-feira (17).

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