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A Promotoria de Justiça de Catanduvas, no Oeste do estado, ajuizou na quarta-feira (4) uma ação civil pública em que requer, liminarmente, a suspensão e posterior anulação de um concurso público promovido pela Prefeitura da cidade.

O concurso, segundo a assessoria do Ministério Público do Paraná (MP-PR), foi realizado no domingo de Carnaval (18/2/07) e o resultado divulgado em 15 de março.

Entretanto, o MP recebeu várias notícias de irregularidades e indícios de fraude no concurso. Entre os fatos levantados, foi enviada à Promotoria, anonimamente, antes da divulgação do resultado das provas, uma lista com os nomes dos futuros aprovados – relação que foi confirmada em quase sua totalidade para os cargos melhor remunerados.

O promotor de Justiça da comarca, Rodrigo Leite Ferreira Cabral, responsável pela ação, conta que também há outras coincidências na listagem de aprovados que devem ser apuradas. "Os primeiros colocados são em sua maioria funcionários comissionados da prefeitura ou parentes do prefeito", diz o promotor. O concurso previa o preenchimento de 96 vagas para o quadro de servidores municipais. Os vencimentos iniciais variavam de R$ 350 a R$ 5.645.

A assessoria de imprensa da prefeitura de Catanduvas informou à reportagem local da Gazeta do Povo nesta quinta-feira que não recebeu nenhuma notificação oficial da Justiça sobre o caso.

A assessoria garantiu que o prefeito Aldoir Bernardt não tem nenhum interesse de empregar os parentes por meio de concurso público. Mas não soube informar se ele mantém familiares empregados atualmente na prefeitura. A prefeitura ainda informou que a realização do concurso ficou sob responsabilidade da empresa Dal Press, de Francisco Beltrão, sem a participação direta do município. A reportagem tentou ainda contactar a empresa por telefone, mas não obteve sucesso.

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