
O ministro do Planejamento, o paranaense Paulo Bernardo, negou na manhã desta quinta-feira (12) que dependa dele o aval para o financiamento da construção do metrô em Curitiba. Em entrevista à Rádio CBN, o ministro afirmou que se assustou quando leu na imprensa a notícia sobre a liberação de verba para a construção.
"Não estou sabendo de nada disso. Eu queria dizer, primeiro, que seria uma alegria se nós pudéssemos montar uma equação para fazer o financiamento de um metrô ou uma melhoria no transporte de massa em Curitiba", afirmou o ministro à rádio.
Paulo Bernardo também disse que o prefeito de Curitiba, Beto Richa, não falou nada sobre isso com ele. "Nós estamos com um pedido para financiar um estudo de viabilidade para a implantação de metrô em Curitiba. Ou seja, não tem nenhum projeto de metrô para ser financiado em Curitiba. Não tem nem projeto básico, então é difícil até calcular exatamente quanto isso custaria", explicou Paulo Bernardo.
"Evidente que temos disposição para ajudar, já estamos fazendo estudo de viabilidade e se precisar podemos viabilizar totalmente o projeto. Mas essa notícia foi passada de forma leviana para a imprensa. Cria-se uma expectativa na cidade. Não posso anunciar dinheiro para uma obra que não tem nem projeto. Vou estar em Curitiba na segunda-feira (16), mas não tenho nenhum conhecimento sobre isso", definiu.
Presidente do IPPUC reafirma informação
O presidente do Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), Augusto Canto Neto, foi ouvido pela Rádio CBN após as declarações do ministro Paulo Bernardo e reafirmou que um relatório feito na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) foi encaminhado para o ministro Paulo Bernardo.
"Nós recebemos uma carta da CBTU que foi encaminhada para o Ministério das Cidades, no dia 20 de março, onde a Prefeitura de Curitiba tem um pleito de um projeto de implantação da primeira etapa do metrô, que vai do eixo do Pinheirinho até o terminal do Cabral", explicou o presidente do Ippuc.
Neto também confirmou que o Ippuc tem um aviso ministerial do Ministério das Cidades para o Ministério do Planejamento, na data de 30 de março, que está incluído o mesmo pedido para o ministro Paulo Bernardo.
"Existe um relatório feito junto ao CBTU que foi encaminhado para o ministro Paulo Bernardo, mas como foi no dia 30 talvez não tenha chego ainda nas mãos do ministro", definiu.



