Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Segurança

Missa de Alana reúne familiares de vítimas da violência

Pouco mais de cem pessoas participaram da cerimônia, frustrando organizadores

Vídeo | TV Paranaense
Vídeo (Foto: TV Paranaense)

Rio – A missa de sétimo dia da morte de Alana, 12 anos, atingida por uma bala perdida durante um tiroteio entre policiais e traficantes no morro dos Macacos, em Vila Isabel, no Rio de Janeiro, se transformou num protesto de parentes e amigos de outras vítimas da violência na cidade. Participaram da cerimônia, ontem, os pais do menino João Hélio Fernandes, a mãe da desaparecida Priscila Belfort e Tico Santa Cruz, vocalista da banda Detonautas, cujo guitarrista, Rodrigo Netto, foi assassinado em uma tentativa de assalto no ano passado.

Edna Ezequiel, de 31 anos, mãe de Alana, entrou amparada na Igreja da Candelária. Os últimos dias estão sendo duros para a empregada doméstica que, além da perda, sente-se pressionada por policiais e traficantes por conta do inquérito que apura quem efetuou o disparo.

A missa reuniu pouco mais de cem pessoas. Oficialmente, as organizadoras atribuíram o pouco público à falta de mobilização da sociedade. "Quem deveria fazer mudanças, não faz por falta de vontade política, mas a sociedade também não se mobiliza para que as coisas mudem", lamentou Cleyde Prado, mãe da adolescente Gabriela, morta aos 14 anos durante um tiroteio entre policiais e traficantes em uma estação de metrô, em 2003.

O momento mais emocionante aconteceu após o término da cerimônia quando a comerciante Rosa Cristina Fernandes, de 41 anos, mãe de João Hélio morto em fevereiro arrastado no asfalto por sete quilômetros preso ao cinto de segurança por bandidos que roubaram o carro dela, abraçou e acariciou o rosto da empregada doméstica.

Ontem, em novo depoimento à Justiça, o adolescente de 16 anos acusado de participação no assassinato de João Hélio disse que mentiu ao assumir o crime com o objetivo de favorecer o irmão, Carlos Eduardo Toledo Lima, de 23, também acusado. Ele afirmou que estava em uma festa quando João Hélio foi morto. Também disse que foi ameaçado de morte por traficantes para, no último depoimento à Justiça, encobrir a participação do irmão, denunciado sob as acusações de latrocínio e formação de quadrilha armada.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.