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Mobilização dos professores perde um pouco da força no interior

Docentes seguem em greve e, apesar de proposta do governo, não convocaram nova assembleia para avaliar os rumos da paralisação

Reunidos na manhã desta quinta-feira (28) em Curitiba, professores de todas as regiões do Paraná decidiram que, por enquanto, não vão convocar uma assembleia da categoria. Na prática, isso significa que a proposta de data-base feita pelo governo estadual não agradou aos servidores e a greve continua. Apesar de o movimento paredista continuar, é possível notar que a mobilização enfraqueceu no interior.

Na região de Maringá, todas as escolas estão fechadas, mas em outras cidades do interior do estado, alunos e professores, mesmo que em ritmo lento, começam a voltar às salas de aula. Dos 50 colégios estaduais de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, três seguem com aulas normais e 23 funcionam parcialmente, segundo o núcleo regional de educação. O núcleo de Ponta Grossa atende 114 escolas em 11 municípios. Nas demais cidades, há cerca de 15 escolas funcionamento totalmente. Segundo a direção da APP-Sindicato, há 80% de adesão à greve na cidade.

Na região de Umuarama, estão funcionando as três escolas estaduais de Tapira e duas de Mariluz.

No Colégio Estadual Maestro Bento Mossurunga, no bairro de Oficinas, por exemplo, 98% dos alunos estão comparecendo às aulas, segundo o diretor auxiliar Adenilson Ribeiro Mantuani. Os estudantes ausentes foram informados pela direção por telefone de que as aulas seguem normalmente. “Só quatro professores estão faltando”, conta. A instituição atende 400 alunos.

Em União da Vitória, Centro-Sul do estado, segundo levantamento do núcleo regional de educação, das 13 escolas, seis estão com funcionamento normal e outras sete continuam com atendimento parcial. A escola estadual Neusa Domit, no distrito de São Cristóvão, é um exemplo das incertezas que rondam a mobilização da categoria. Segundo a vice-diretora da unidade, Gisele Padoan, o retorno para as aulas é tímido, mas está ocorrendo. “O objetivo da maioria aqui era ter ficado em greve em virtude da nossa previdência [Paranaprevidência], e como já foi votado e já está na Justiça tem de esperar todo o trâmite (...) Entendemos que quem tem de negociar a questão salarial é o sindicato [APP], não tem necessidade de estarmos parados esperando a negociação”, explica. O Neusa Domit tem 24 funcionários e 46 professores. Desses, mais de 80% voltaram ao trabalho no dia 18. Nas demais cidades da região de União da Vitória, 13 escolas mantém a paralisação, 14 com atendimento parcial e cinco com atendimento normal.

No Litoral, a maioria das escolas de Antonina e Guaraqueçaba estão funcionando normalmente. Em Paranaguá, um grupo de 12 professores da escola estadual Cidália Rebello Gomes retornou às salas de aula. A escola, localizada na Ilha dos Valadares, tem cerca de 1,7 mil alunos matriculados, mas apenas 400 têm frequentado as aulas, segundo o diretor da instituição, Edemir Gomes da Silva. “Nós tivemos de adaptar o cronograma de aulas, porque são só alguns professores que estão lecionando, então não tem aula todos os dias”, explicou Silva. Os professores que decidiram dar fim à paralisação são majoritariamente concursados.

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