Atualizado em 16/10/2006, às 18h37
O monitor de um parque de diversões infantil localizado em um dos maiores shoppings de Curitiba foi preso no início do mês de setembro acusado de abusar sexualmente de uma criança de apenas cinco anos de idade. V.M.F., de 22 anos, foi detido pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) após denúncia feita pela família da criança no 1.º Distrito Policial da capital. O crime só foi divulgado nesta segunda-feira (16).
No dia três de setembro, entre 18h30 e 19h30, a menina foi deixada em uma das lojas do shopping para brincar sob a responsabilidade dos monitores do local. De acordo com a delegada do Nucria, Paula Brisola, a mãe da menina percebeu que havia alguma coisa errada com a criança. "Segundo a mãe, assim que saiu do shopping, a criança estava chorosa e reclamando de dores. Contudo a própria criança disse que havia levado um tombo e dado uma batida forte na piscina de bolinhas".
Nos dias seguintes a criança continuou se queixando de dores. "Como a menina continuava chorosa, a mãe percebeu que havia alguma coisa errada. Foi então que ela percebeu alguns hematomas na região do quadril da menina. Após pressionar um pouco para que ela contasse o que aconteceu, a menina disse que o tio do parquinho tinha feito aqueles hematomas", explicou a delegada Paula.
A irmã da menina voltou até o local para tentar identificar o monitor que havia trabalhado no dia do abuso, tendo como base uma descrição feita pela criança. "O homem teria cabelo comprido e barba malfeita. A irmã dela foi até o local dizendo que queria fazer uma festa de aniversário. Tirou algumas fotos do parque e de todos os monitores. Ao mostrar para a criança, ela identificou o acusado imediatamente. Após a prisão, no reconhecimento formal, entre várias pessoas, ela novamente apontou o rapaz como sendo aquele tio do parquinho".
Segundo as investigações, o monitor teria levado a menina até o banheiro e ameaçou-a de morte, antes de cometer o abuso. Exames de corpo de delito realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) comprovaram o abuso sexual. O rapaz foi preso na quarta-feira (03 de outubro), em sua casa no bairro Boa Vista, em Curitiba, e está no Centro de Triagem II, em Piraquara, região metropolitana de Curitiba.
Ele responderá por atentado violento ao pudor e poderá ser condenado de seis a dez anos de prisão. "Já concluímos o inquérito e agora entregamos o processo para o Ministério Público decidir se oferece denúncia", afirmou a delegada Paula.
"Com as evidências e provas que temos conseguimos com a Justiça uma prisão temporária de 30 dias. Ele cometeu um crime hediondo e vai responder por isso", concluiu.
O advogado do centro comercial garantiu que o cliente não tem nada a ver com o crime e que está inteiramente à disposição da Justiça para esclarecimentos. "Posso dizer que meu cliente está fazendo todo o possível para ajudar no processo. O Nucria nos pediu para fazer uma perícia na loja, documentos e fichas de funcionários, e nós atendemos a tudo prontamente. Esperamos que os nomes da loja e do meu cliente não sejam manchados por um crime que um funcionário cometeu", afirmou o advogado.



