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A recenseadora Deise já perdeu as contas dos recados deixados em algumas residências de Maringá, que não tiveram retorno | Fábio Dias/Gazeta Maringá
A recenseadora Deise já perdeu as contas dos recados deixados em algumas residências de Maringá, que não tiveram retorno| Foto: Fábio Dias/Gazeta Maringá

Principais dúvidas

Muita gente não sabe, mas, pela lei, o cidadão é obrigado a responder o censo. A recusa pode gerar multa de até 10 vezes o maior salário mínimo vigente. Veja outras questões que podem gerar dúvidas:

Como identificar o recenseador?

- O recenseador do IBGE veste o colete azul do órgão e porta um computador de mão com o logo do IBGE. O morador também pode confirmar o nome e o número da matrícula do pesquisador ligando gratuitamente para o número 0800 721 8181 ou consultando o site do IBGE (www.ibge.gov.br/censo2010).

O morador pode responder pela internet?

- Sim. Mas, para isso, é preciso a visita de um recenseador, que vai entregar um envelope com o código de acesso e o endereço eletrônico.

O recenseador precisa entrar na minha casa?

- Não. As respostas ao recenseador podem ser feitas do lado de fora de casa ou em outro lugar, em qualquer dia e horário.

O que deve fazer quem não respondeu o censo e quer participar?

- Se você não recebeu a visita de um recenseador ou um comunicado pedindo para marcar uma visita, aguarde. A coleta de dados pode ser feita até o fim deste mês. Caso tenha recebido a carta com os telefones, basta fazer contato e marcar a entrevista.

  • Confira como está a situação do Censo nas principais cidades do estado

Com 90% da população recenseada no Paraná, o Instituto Brasi­­lei­­ro de Geografia e Estatística (IBGE) enfrenta dificuldades para finalizar a coleta de dados. Além de não conseguir encontrar os moradores nas residências, também há alguns casos de pessoas que se recusam a responder o Censo.Segundo o chefe do IBGE no Paraná, Sinval dos Santos, a ausência dos moradores prejudica o trabalho em diversos municípios. "São pessoas que trabalham o dia inteiro fora. Nossas equipes estão visitando as casas inclusive nos feriados e fins de semana", explica.Em Maringá, 96% da população já foi recenseada, índice que poderia ter sido alcançado antes se não fossem os problemas. Segundo a coordenadora de subárea do Censo no município, Sônia Calixto Gomes, vários domicílios chegaram a ser visitados mais de cinco vezes. "A dificuldade tem sido bem maior este ano. Nós tivemos o caso de recenseadores que foram até uma mesma casa pela manhã, à tarde e às 11 da noite, mas os donos não foram encontrados", afirma.

Para achar os moradores e agilizar a coleta, vários recenseadores trabalharam no feriado. Deise Schneider Pereira é uma delas. Ela já perdeu as contas de quantos recados foram deixados em algumas casas de Maringá. "Quando não encontramos os moradores, deixamos um bilhete com telefones de contato, pedindo para marcar horário para entrevista. Mesmo assim, muitos não colaboram."

Punição

Em várias cidades, moradores se recusaram a atender os recenseadores. Segundo a Lei nº 5.564, de 14 de novembro de 1968, a não prestação de informações nos prazos fixados gera multa de até 10 vezes o maior salário mínimo vigente no país. Mesmo respaldado pela legislação, o IBGE não pretende aplicar punições no Paraná. "Nosso objetivo é conscientizar os moradores sobre a importância do Censo. É com base nos dados repassados ao IBGE que os governos vão saber onde devem investir", ressaltou o chefe estadual do instituto.

Caso os moradores não tenham sido recenseados até o fim deste mês, Santos explicou que o IBGE vai adotar a mesma metodologia aplicada em diversos países. "Vamos arbitrar para o município a média da população."

No Paraná, 90% da população – ou 9,6 milhões de pessoas – já foram recenseadas, com 3 milhões de residências, o que equivale a 94% das casas habitadas. A coleta foi encerrada em 133 municípios (33%). Já no Brasil, 172,6 milhões pessoas (90% da população) já fazem parte dos dados do Censo, com 51,8 milhões (89%) das residências ocupadas.

Acompanhamento do IBGE aponta que os menores índices de moradores recenseados estão na Região Metropolitana de Curitiba. Em quatro cidades, o índice está entre abaixo dos 80%. É o caso de Tunas do Paraná (71%), Rio Branco do Sul (73%), Bocaiúva do Sul (78%), São José dos Pinhais (79%).

No interior, resultados semelhantes foram encontrados em Tuneiras do Oeste (78%), no Noroeste paranaense; Grandes Rios (70%) e Boa Ventura de São Roque (79%), na Região Central e em Foz do Iguaçu (73%), no Oeste. No caso de Foz, o IBGE alega que a média dos dados coletados está semelhante a dos outros municípios paranaenses, ou seja, chegou ao patamar de 90%..

Segundo o coordenador de subárea do IBGE na cidade, José Carlos Koeche, a impressão de atraso existe porque o número de moradores visitados não deve alcançar a estimativa populacional projetada anteriormente com base nos censos anteriores, ou seja, 325 mil. "O índice de crescimento nos anos 90 era bem maior que dos anos 2000", explicou

*Colaborou Denise Paro, da sucursal em Foz do Iguaçu

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