
Os moradores dos bairros da região norte de Cascavel que estão recebendo a Unidade Paraná Seguro (UPS) aprovaram a presença policial ocorrida nesta sexta-feira (19). Os entrevistados concordam que a atividade é positiva, mas completam que ela deve ser permanente.
O vendedor Loredi Alves Pires mora no Bairro Interlagos há 25 anos e disse que nunca viu tantos policiais nas ruas. Ele considera a segurança fundamental e agora acredita que poderá sair de casa tranquilo. "Quem é de bem não tem o que temer, já os marginais não devem estar gostando. Deveriam ter feito esse projeto antes porque aqui estava muito ruim, era comum ver menino de 12 anos com pistola na cintura ameaçando os moradores, pessoas dando tiro no meio da rua, fazendo algazarra com motocicletas. Tomara que esses policiais permaneçam", conta.
Lucimara Aparecida Alves trabalha como diarista e revela que tinha medo do que poderia acontecer com as filhas enquanto saía de casa. "Elas ficavam sozinhas e os traficantes e ladrões rondando a casa. Muitas noites eu não dormia por medo de levar tiro. Hoje notei que os marginais sumiram. Espero que os policiais fiquem e façam um bom trabalhando tirando os bandidos do bairro", diz.
A dona de casa Joslirene Viana comenta que o Bairro Interlagos sempre foi problemático, pois os homicídios e o tráfico de drogas são comuns. Ela também notou no primeiro dia de policiamento que a comunidade está diferente. "Os bandidinhos que ficam nas esquinas e praças devem estar escondidos hoje. Gostaria que os policiais andassem disfarçados e prendesses todos esses marginais. E não adianta eles ficarem uns dias e irem embora, se saírem, a criminalidade volta", avalia.
Camila Rodrigues mora na região Norte e trabalha como operadora de caixa de um mercado na comunidade. Ela lembra que há alguns anos implantaram um módulo policial na região e não deu certo. "Não sei ao certo o que aconteceu, mas parece que tinha poucos policiais. Espero que dessa vez a ação seja efetiva e diminua a criminalidade. O tráfico de drogas é livre aqui e também tem assalto", observa.



