
Mais de 100 moradores do bairro Guatupê, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, voltaram a interditar as pistas no sentido litoral da BR-277, na altura do km 73, na tarde desta sexta-feira (30). Por volta das 17h, eles iniciaram uma queima de pneus, madeira e entulhos reivindicando uma passarela no local. A manifestação durou quase duas horas. Este foi o segundo protesto no local só esta semana.
De acordo com policiais rodoviários que atenderam a ocorrência, o congestionamento chegou a 12 quilômetros às 18h13. Mas, segundo informações oficiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a fila não passou de 4 quilômetros.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e chegou ao local às 18h23 para apagar o fogo. Por volta das 18h50 o trânsito foi totalmente liberado..
Reclamação antiga
A primeira manifestação nesta semana ocorreu na terça-feira (27) depois que a jovem Roseli Ferreira de Oliveira, de 15 anos, foi atropelada no local e morreu a caminho do hospital. Os moradores exigem a construção de uma passarela no local já que, segundo eles, acontece pelo menos um atropelamento a cada 20 dias neste ponto da rodovia.
Um abaixo-assinado com mais de 500 assinaturas foi protocolado nesta sexta-feira na Prefeitura de São José dos Pinhais pedindo a construção da passarela. De acordo com um dos líderes da manifestação, Livino Machado da Silva, por meio de ofícios, os moradores do bairro solicitam a obra desde 2007 à Ecovia, concessionária que administra o trecho, e ao Ministério dos Transportes.
"Precisamos atravessar a rodovia várias vezes por dia. Até para comprar um pão precisamos fazer a travessia. E para passar do outro lado, é só na corrida", disse.
Segundo a Ecovia, o pedido para a construção da passarela já foi recebido. Como esta obra não está prevista no contrato inicial com a empresa, a concessionária passou a reclamação dos moradores ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
A assessoria de imprensa do DER informou na quarta-feira (28) que há um projeto no órgão sobre a passarela e que está fazendo um estudo dos custos da obra. O estudo sobre os custos não tem data para ser finalizado. Segundo o DER, após o término do estudo, haverá uma conversa com a Ecovia sobre o valor da obra e para tentar financiar a passarela.





