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Moradores da Planta São Marcos, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, foram afetados na noite deste domingo (10) por um vazamento de gás de um frigorífico da região. O gás vazado foi amônia, que provoca tonturas, vômito e mal-estar generalizado. A amônia é um produto químico de alto risco ao contato com humanos, corrosivo para a pele, olhos, vias aéreas superiores e pulmões.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a ocorrência foi por volta das 22 horas. Dezoito pessoas foram encaminhadas ao Hospital São José após sofrerem sintomas de intoxicação, com desmaios. Todas deram entrada no pronto-socorro com ferimentos leves. Outras 18 foram atendidas no local. A Defesa Civil de São José dos Pinhais estima em 40 pessoas afetadas pelo vazamento.

O vazamento ocorreu na Rua Noel Gomes de Almeida. De acordo com o diretor do estabelecimento, Angelo Setim Neto, o problema não foi na válvula que controla a liberação do gás, mas numa das torres de esfriamento do gás. “A válvula de segurança funcionou perfeitamente. Tivemos um pico de pressão do gás amônia e ele foi liberado pela válvula para não causar danos maiores, como uma explosão. Nós usamos o gás para refrigeração. Mas tivemos um aquecimento inesperado do gás, o que gerou esse aumento de pressão. A válvula ficou aberta por cerca de 3 minutos. Tivemos um problema na torre de esfriamento. Uma delas teve desligamento, talvez um incidente elétrico ou operacional. O que gerou essa reação em cadeia. Ainda estamos investigando isso”, afirma.

Segundo o diretor, a situação foi controlada quando um funcionário da casa das máquinas desligou o equipamento e a pressão voltou a se equalizar. Seis funcionários trabalhavam no frigorífico no momento do incidente.

Atendimento

De acordo com o Corpo de Bombeiros, 19 viaturas e mais de 40 pessoas foram empregadas no atendimento aos moradores da região. A ocorrência contou com o apoio dos próprios Bombeiros de São José dos Pinhais e Curitiba, da Polícia Militar, SAMU, Defesa Civil e Guarda Municipal. Uma base foi montada em um posto de combustível para facilitar o acesso das equipes de atendimento ao local.

“O vazamento durou pouco, mas criou uma nuvem. Contamos com atendimento emergencial rápido. Várias equipes dos Bombeiros, do Siate, SAMU e até mesmo da concessionária Litoral Sul participaram dos atendimentos. Por volta das 2h da manhã a nuvem havia se dissipado”, afirma Ledson Alves Cordeiro, agente da Defesa Civil.

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