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Moradores fazem protesto em frente a Cohab, no centro de Curitiba | Henry Milléo/ Agência de Notícias Gazeta do Povo
Moradores fazem protesto em frente a Cohab, no centro de Curitiba| Foto: Henry Milléo/ Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • São mais de 50 famílias sendo ameaçadas de despejo da Vila Nova, no Alto Boqueirão

Moradores da comunidade Vila Nova, no bairro Alto Boqueirão, Zona Sul de Curitiba, fizeram um protesto no início da tarde desta sexta-feira (25), em frente à Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), no centro da cidade, contra as ameaças de despejo em curto prazo que vêm sofrendo.

Após o protesto, segundo Luiz Augusto Filho, morador da comunidade, ficou marcada uma reunião entre os moradores, a COHAB e representantes de órgãos públicos para o dia 28, segunda-feira, às 9h. "Disseram que vão tentar adiar o despejo. Nossa comunidade não é favela, é organizada, e tem posto de saúde ali perto, tem escola perto. Como a gente fica se tiver que sair?", disse ele.

Em nota, a Cohab afirmou que "a ocupação foi feita em área particular, há cerca de dois anos, com ação de reintegração de posse requerida pelo proprietário, com sentença favorável transitada em julgado". E que a Cohab e o município de Curitiba não tinham legitimidade para se pronunciar sobre o caso, já que não são parte na ação.

Ainda segundo a companhia, em reunião realizada na quarta-feira (23), foi explicado aos moradores que não há possibilidade de atendimento, já que produção em andamento de casas e apartamentos já tem destinação definida. Além disso, segundo a Cohab, ocupações já consolidadas têm prioridade, e a Vila Nova foi ocupada mais recentemente.Entenda o caso

No dia 8 deste mês, cerca de 50 famílias foram avisadas, por oficiais de justiça representantes da Regional do Boqueirão e por policiais da ROTAM, que seriam despejados do local, em que vivem há dois anos, após o pedido dereintegração de posse do proprietário do lote. Segundo os moradores, em uma reunião com o poder público estadual, a comunidade conseguiu a suspensão da ordem por 45 dias, decisão afirmada pelo assessor especial para assuntos fundiários do governo do estado, Hamilton Serighelli.

Poucos dias após a reunião, porém, policiais fecharam novamente as ruas da comunidade e anunciaram que o despejo seria realizado no dia 29, terça-feira. "Eles disseram que a gente teria até semana que vem para tirar nossas coisas e desmanchar as casas, ou as máquinas passariam por cima de tudo", disse Willian Borille, morador de Vila Nova.

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