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Noroeste

Moradores protestam contra aterro industrial em Marialva

Aterro pode ser construído ao lado de pequenas propriedades agrícolas de plantação de uva. Cerca de duas mil pessoas participaram da manifestação

Cerca de duas mil pessoas saíram em passeata pelas ruas centrais de Marialva (a 20 quilômetros de Maringá), Noroeste do estado, durante a manhã desta terça-feira (02), em protesto contra a possibilidade de ser construído um aterro industrial na cidade, em uma área próxima à estrada Ituba.

Há cerca de um ano uma empresa catarinense contratou um estudo de impactos ambientais para viabilizar a implantação do aterro. A Cesumar Empresarial fez o levantamento, que está, no momento, sendo avaliado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

Segundo o vice-presidente da Comissão de Moradores e Proprietários das Estradas Keller, Ití, Karaná e Ituba, Milton Campana, a intenção da passeata foi chamar a atenção da população para a situação. "Existem cerca de 70 famílias que plantam frutas e verduras, em especial uvas, em pequenos lotes de terra ao redor do terreno escolhido. A construção de um aterro irá comprometer seriamente a vida dessas pessoas, pois podem ter suas plantações contaminadas", ressalta.

O comércio fechou suas portas em solidariedade e diversas escolas dispensaram seus alunos para participar do protesto. "Marialva tem vocação agrícola, pouquíssimas empresas produzem lixo industrial. Tememos que, com a vinda do aterro, indústrias químicas queiram se instalar na cidade e comprometer a nossa vocação, que é a produção de uvas finas por pequenos proprietários", fala Campana.

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Marialva, foi liberada apenas a permissão para realizar os estudos iniciais de impacto ambiental. A construção do aterro não foi definida, e depende da autorização do IAP. Caso seja concedida, é necessário ainda a da aprovação do Ministério Público, Câmara Municipal e Prefeitura, além da realização de audiências públicas com a população.

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