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A pesquisa do IBGE mostra que as residências localizadas em favelas ainda carecem de vários serviços básicos. Um em cada quatro domicílios (27,5%) tem energia obtida de forma inadequada – na maioria das vezes de "gatos" que furtam energia da rede elétrica – e um em cada três (32,7%) tinha esgotamento sanitário fora dos padrões de qualidade apontados pelo IBGE. Nas áreas urbanas regulares dos municípios que têm favelas, os índices caem a menos da metade: 11,5% não têm energia obtida de forma regular e 15% não têm esgoto adequado.

Nas favelas, 11,7% dos domicílios não estão ligados à rede geral de água, enquanto nas áreas urbanas regulares a proporção diminui para 7,1%. Apenas 4,6% das moradias em favelas não têm coleta de lixo, índice que cai para 1,4% nas áreas urbanas regulares.

Além da comparação entre favelas e áreas regulares urbanas, o IBGE também levantou a proporção de domicílios adequados e inadequados nas cidades que não têm aglomerados subnormais. No caso do esgotamento sanitário as favelas tiveram vantagem. A proporção de domicílios inadequados das favelas, de 32,7%, é menor do que os 34,4% das cidades sem favelas.

Geografia

Segundo o IBGE, de modo geral as áreas mais antigas e consolidadas tendem a ter melhores serviços do que as áreas de ocupação mais recente. Normal­­mente, a proximidade com áreas centrais da cidade também implica em melhores condições de saneamento. É comum que as ocupações irregulares ocorram em áreas menos propícias à urbanização, afastadas das regiões centrais, como encostas íngremes no Rio de Janeiro, áreas de praia em Fortaleza, vales profundos em Maceió, baixadas permanentemente inundadas em Macapá, manguezais em Cubatão (SP) e igarapés e encostas em Manaus.

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