Morte de bancário durante treino de musculação foi fatalidade, diz delegado

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O delegado Rubens Recalcatti, chefe da Delegacia de Homicídios (DH), definiu como "uma fatalidade" o caso do bancário Márcio Madureira Garcia, de 35 anos, que morreu na semana passada durante um treino de musculação, em uma academia localizada no bairro Ahú, em Curitiba. O responsável pelas investigações chegou a essa conclusão após ouvir a mulher do bancário, Lucimar Sentone Garcia. "Tratava-se de um homem que estava preparado para a atividade física e que a praticava sob supervisão médica. Foi uma fatalidade", resumiu.

Segundo Recalcatti, a mulher de Garcia disse que o marido praticava musculação havia mais de 15 anos, por orientação médica. "Ele tinha 1,98m de altura. Por isso os médicos teriam sugerido que ele frequentasse a academia", disse o delegado. A esposa do bancário também disse à polícia que Garcia recebia acompanhamento de uma nutricionista e que nunca havia apresentado queixas por causa das atividades físicas.

O delegado também disse que aguarda laudos complementares do Instituto Médico-Legal (IML), mas que, por enquanto, não há indícios de que o bancário fizesse uso de sustâncias de venda controlada ou proibida. "Ela disse que ele tomava o Super Charge, que é um suplemento alimentar regulamentado", observou Recalcatti. De acordo com o delegado, o caso deve ser encerrado assim que as perícias do IML sejam encaminhadas à polícia.

O caso

Márcio Madureira Garcia morreu na manhã de 18 de janeiro, após passar mal durante um treino de musculação. Ele sofreu um mal súbito enquanto realizava um exercício para fortalecer a musculatura das costas. De acordo com frequentadores da academia, ele teve convulsões e desmaiou por três vezes. Em duas, ele teria sido reanimado por professores da academia.

Os alunos questionaram uma suposta demora do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), em prestar socorro à vítima. De acordo com os relatos, somente a 20 minutos após o contato inicial um ambulância chegou ao local. Uma outra viatura com médico teria chegado dez minutos depois da primeira. Garcia morava no bairro Pilarzinho e a mulher dele está grávida.