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Um homem é preso por pedofilia. Fica quatro anos na cadeia. Uma semana depois de solto, segundo a polícia, volta a cometer crimes. Seis crimes bárbaros, hediondos. De acordo com a polícia, ele matou a pauladas seis jovens que desapareceram no interior de Goiás. Os corpos foram localizados no fim de semana. As mães ainda tinham esperança de encontrar os filhos vivos. O pedreiro contou que atraía as vítimas oferecendo dinheiro.

"Foi um choque muito grande. Realmente não esperava encontrá-los mortos. Não estava preparada", diz Lúcia Lopes, a irmã de Márcio, uma das vítimas.

O quarto está do mesmo jeito que o filho caçula deixou há três meses e onze dias. O que mudou? O sentimento - da frágil esperança para a tristeza profunda. "É horrível saber que ele não vai voltar mais para casa", diz a mãe de Diego, Aldenira.

Nem Diego, de 13 anos, nem Paulo, de 16, nem George, de 17, nem Divino, de 16, nem Flávio, de 14 e nem Márcio, de 19 anos. Segundo a polícia, o assassino em série confessou o crime para policias civis e federais que investigaram as mortes. A primeira foi no dia 30 de dezembro do ano passado, a última, em 22 de janeiro.

"Foi um choque porque a gente sempre imaginou que estavam em trabalho escravo e que a qualquer momento a polícia vai achar e trazer todos de volta. Nunca aconteceu isso", lamenta a irmã de Diego, Gláucia Gomes de Souza.

"Ele oferecia pequena quantia em dinheiro para que os menores, os adolescentes os acompanhassem para realizar um pequeno serviço e daquele pequeno serviço, a conversa evoluía para o contato sexual", explica o chefe do departamento de Polícia Judiciária Josuemar Vaz de Oliveira.

As vítimas foram atraídas para uma fazenda que fica às margens da BR-040, a 2 Km da entrada de Luziânia (GO). Chegando no local, de alguma forma, o assassino convencia os jovens a descer o vale.

O pedreiro Admar de Jesus mostrou para a polícia o local onde enterrou os corpos: "Tem dois no córrego, ali. Tem um ali assim e outro ali". Ele contou que todos foram mortos a pauladas: "Tem seis aqui".

Admar foi morar em Luziânia, a 70 km de Brasília, assim que saiu da cadeia, em dezembro. Durante quatro anos, ele cumpriu pena pelo crime de pedofilia. Deixou as grades beneficiado pela progressão de pena, um direito concedido aos presos de bom comportamento. Uma semana depois fez a primeira vítima.

"Foi indicado no documento produzido pelos médicos psiquiatras que ele é uma pessoa com problemas e que careceria de vigilância, precisaria ter um acompanhamento psicológico posterior porque ele já apresentava sinais de psicopatia", aponta o delegado da Polícia Federal Wesley Almeida.

Para o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, houve falha na soltura de Admar: "Eu acho que a legislação do Brasil é dura. Não se trata necessariamente de rever a legislação. Se trata mais de rever o comportamento que nós devemos ter na reintegração desse tipo de indivíduo à sociedade.

A polícia conseguiu identificar e prender o assassino porque um parente dele estava usando o celular de uma das vítimas. O telefone foi rastreado.

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