
Ponta Grossa - Sete dos nove corpos das pessoas que morreram no acidente que envolveu um ônibus da empresa Princesa do Norte no dia 23 de julho, na BR-376, no sentido Ponta Grossa-Curitiba, na altura da praça de pedágio de Witmarsum, foram identificados e liberados ontem pelo Instituto Médico-Legal (IML) de Ponta Grossa.
De acordo com o IML, foram liberados os corpos do aposentado Braz Carlos Balducci, 78 anos, e do seu filho, José Carlos Balducci, 43 anos, que viviam em Carlópolis, no Norte Pioneiro. Além deles, foram liberados os corpos de Edvaldo Benedito Gonçalves, 36 anos, motorista do ônibus e que vivia em Ourinhos (SP); e Fábio Henrique Marques, 21 anos, que morava em Ribeirão Claro, também no Norte Pioneiro. O corpo do funcionário público Hamilton Paulo dos Santos Júnior, 23 anos, deve ser liberado hoje e chegar por volta do meio-dia a Carlópolis.
As outras duas vítimas que tiveram os corpos liberados são o casal Dulcinéia dos Santos Rita, 36 anos, e Sidinei Conradi Rita, 30 anos, que moravam em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Os dois são pais dos garotos Guilherme, 12 anos, e Vinicius Conradi, 2 anos, que não tiveram seus corpos liberados, apesar de identificados, porque os exames de DNA não apresentaram vínculo genético. Ainda ontem à noite, parentes de Rita tentavam junto à Justiça a autorização para retirar os corpos do IML e fazer o traslado até Siqueira Campos, no Norte Pioneiro. De acordo com o médico legista Alexandre Gebram, não foi possível extrair o vínculo genético das vítimas pelo grau de carbonização dos cadáveres.
O acidente
O ônibus da empresa Princesa do Norte saiu de Carlópolis na noite de 22 de julho, com destino a Curitiba, e bateu na traseira de um caminhão. Com o choque, os veículos pegaram fogo e o ônibus foi totalmente destruído pelas chamas. Os passageiros que conseguiram sobreviver foram os que saíram rapidamente do veículo. Além das nove mortes, outras 16 pessoas ficaram feridas. O Instituto de Criminalística de Ponta Grossa ainda deve levar duas semanas para concluir o laudo da perícia sobre as possíveis causas do acidente.
O gerente geral da Princesa do Norte, Antônio di Lanna, disse que a empresa assumiu todas as despesas dos funerais das vítimas e pretende se reunir com as famílias para discutir as indenizações.



