• Carregando...

Um protesto reúne cerca de 300 motoristas de vans nesta quarta-feira (22) em São José dos Pinhais. Os veículos são na maioria de Curitiba e, por conta de uma nova regulamentação do município da região metropolitana, não poderiam mais pegar passageiros que desembarcam no Aeroporto Afonso Pena. Pela manhã, o acesso ao aeroporto chegou a ser bloqueado por 10 minutos pelos manifestantes. Os motoristas se reuniram em frente à sede da Urbs, na capital, às 7h30, e seguiram em comboio para o terminal aéreo, que fica na cidade vizinha e serve a região metropolitana da capital.

O protesto é contra uma nova regulamentação da Prefeitura de São José dos Pinhais, que teria entrado em vigor na última segunda-feira (20). Pelo que dizem os manifestantes, a nova norma prevê que vans de outras cidades só podem deixar passageiros - e não apanhá-los – dentro dos limites do município. Dessa forma, apenas vans emplacadas dentro de São José dos Pinhais poderiam operar com retiradas de passageiros na cidade, independente do destino final do transporte.

"É uma lei que vai contra o turismo da cidade. Estamos a favor da fiscalização, mas que os registros da Urbs sejam respeitados", comenta o empresário José Flávio Valim, que participou do protesto. De acordo com o diretor da Associação de Vans de Curitiba, Marcos Maia, o movimento das vans é a favor de que se proíba do transporte clandestino no terminal aéreo, mas que a prestação de serviços de deslocamento de passageiros por empresas curitibanas não seja impedida. "Que eles queiram colocar a regulamentação, nós entendemos. Mas, estão tirando passageiros de vans de pessoas que têm empresas aqui há 20, 30 anos e impedindo a gente de trabalhar", disse.

Maia diz ainda que a intenção é continuar com protestos sem transtornos à população, mas não estão descartados bloqueios do acesso ao aeroporto ou em outros pontos da cidade. "Nós queremos tratar a situação no diálogo, saber o que fazer para regulamentar nossa situação com essa nova regra, mas se não receberem a gente, vamos engrossar o caldo", afirmou.

O presidente da Associação de Rádio Táxi de São José dos Pinhais, Edenilson Milchevski, diz que desde o início da fiscalização, a situação para as pessoas do município que prestam serviço de transporte melhorou. "Da forma que estava antes da nova regulamentação, o aeroporto estava gerando empregos só para Curitiba. Nós como taxistas ficávamos na fila e fazíamos em média quatro corridas por dia, enquanto eles [transportadores da capital paranaense] chegavam a 15 corridas", disse.

Segundo Emerson Andrade, proprietário de uma empresa de vans e membro da Associação de Transportes de Vans e Similares do Paraná (Atevepar), a confusão que chegou a fechar o acesso ao aeroporto teria ocorrido porque a Guarda Municipal decidiu multar os manifestantes. "A gente só ia passar por ali, mas como teve a questão da multa nós resolvemos fechar a entrada do aeroporto", afirmou. Ele conta que as vans que não são de São José dos Pinhais têm registros da Urbs e da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec). Com a nova lei municipal, as empresas precisariam ter um novo registro, a abertura de uma filial da empresa e emplacamento de São José dos Pinhais.

Reunião na prefeitura

Às 11h30, o protesto no Aeroporto Afonso Pena se deslocou para a Prefeitura de São José dos Pinhais. Os manifestantes estão em reunião com o vice-prefeito do município e tentam reverter a implantação da nova norma. Segundo relato dos motoristas, um acordo já teria sido feito para anular as multas aplicadas pela manhã na entrada do aeroporto.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de São José dos Pinhais que, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que iria esperar o resultado da reunião para comentar o assunto.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]