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Trânsito

Motoristas voltam a usar o cartão do EstaR

Retomada da venda dos talões de estacionamento rotativo, em Curitiba, ocorre após volta das fiscalizações pela Urbs

Agentes da Urbs seguem impossibilitados de transformar as anotações em multa | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Agentes da Urbs seguem impossibilitados de transformar as anotações em multa (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

Dois dias após o reinício da fiscalização pelos agentes da Dire­toria de Trânsito (Diretran), ligada à Urbanização de Curitiba (Urbs), os motoristas da capital voltaram a aderir aos cartões do Estaciona­mento Regulamentado (EstaR). Ontem, na região central da cidade, era possível ver que a maioria dos automóveis trazia o papel no para-brisa. Segundo a Urbs, a decisão de retomar as checagens ocorreu após reclamações de co­­merciantes e motoristas que se sentiram prejudicados pela permanência de um mesmo veículo durante várias horas na mesma vaga.Apesar da volta ao trabalho, a Urbs segue impossibilitada de transformar as anotações dos agentes em multa de trânsito. O motorista somente recebe a punição se o funcionário da Diretran acionar um policial do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), que poderá punir o infrator ainda na rua. A Urbs, entretanto, continua computando as ocorrências e recebendo o valor de R$ 15 referente à regularização, recolhido na forma da compra de um bloco de talões. Quem não fizer a regularização, entretanto, não será multado.

Precaução

O administrador de empresas Romeu Herbert, de 64 anos, recebeu uma anotação ao estacionar na Rua Visconde do Rio Branco, no centro, sem o talão. "Por via das dúvidas, preferi comprar o bloquinho a arriscar receber pontos na carteira", explica. Para o presidente da Associação dos Moradores do Bigorrilho e Campina do Siqueira (Abicam), Paulo Bueno Neto, a Urbs não informou a população sobre a questão. "O cartão do EstaR continua informando que, se não houver regularização em cinco dias, o proprietário do veículo vai ser multado", salienta.

A Gazeta do Povo pediu à Urbs um relatório com o número de anotações feitas nesses dois dias, mas a assessoria de imprensa do órgão informou ser impossível realizar levantamentos parciais – somente o total em um mês.

Agentes da Diretran disseram ontem à reportagem que nos últimos dois dias a adoção do EstaR voltou a um patamar próximo ao percebido antes de setembro, quando a Justiça proibiu a Urbs de exercer poder de polícia. O guardador de carros Flávio Marins de Moraes, que revende cartões do EstaR, diz acreditar que a procura esteja 30% abaixo do normal, porém crescendo. "Ainda têm alguns que não compram, dizendo que agora não precisa mais", ressalta.

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