São Paulo O procurador da República em Cuiabá (MT) Mário Lúcio Avelar encaminhou à Justiça Federal denúncia contra 81 suspeitos de participar do esquema de compra superfaturada de ambulâncias.
No início de maio, a "Operação Sanguessuga" da Polícia Federal prendeu parte dos acusados. Na semana passada, eles foram soltos após decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1.ª Região e, um dia depois, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, revogou a decisão do TRF e determinou novamente a prisão dos envolvidos.
A PF de Brasília transferiu na noite de terça-feira os presos para Cuiabá (MT). Dos 35 "sanguessugas" recapturados pela PF, 8 ainda estavam em Brasília, entre eles os ex-deputados Ronivon Santiago e Carlos Rodrigues.
Além dos 35 recapturados, a PF prendou mais 2, que tinham a prisão preventiva decretada, mas estavam soltos. A Polícia Federal ainda procura outros 9 "sanguessugas".
Esquema
A peça acusatória do Ministério Público Federal aponta que o esquema fraudulento funcionava em três vertentes, com Maria da Penha Lino como assessora especial do Ministério da Saúde, o empresário Darci José Vedoin, na Planam, e Ronildo Medeiros, com a empresa Frontal, que vendia equipamentos.
O inquérito mostra que havia superfaturamento nos preços de ambulâncias e equipamentos, com o desdobramento da licitação, nos municípios, para que os valores não ultrapassassem a R$ 80 mil. Nos municípios, a Planam, com ambulâncias, e a Frontal, com equipamentos, disputavam as cartas convites com empresas fantasmas operadas por laranjas de Medeiros e Vedoin.
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