O Ministério Público do Rio denunciou, nesta quinta-feira (12), um caminhoneiro que foi preso em flagrante sob suspeita de trazer para o Rio três meninas da Bahia, com idades entre 12 e 13 anos. Segundo o MP, ele foi denunciado pelos crimes de conjunção carnal com menor, sequestro e tentativa de submeter ou explorar a prostituição de menor de 18 anos. Segundo o MP do Rio, a pena para esses crimes pode chegar a 37 anos de prisão.
Na quarta-feira (11), a polícia recolheu roupas femininas, fios de cabelo e o tapete que forra a boleia do caminhão. O material será examinado no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) para saber se as meninas tiveram relações sexuais dentro do caminhão.
As menores contaram na 17ª DP (São Cristóvão), na Zona Norte, que foram obrigadas a manter relações sexuais com o caminhoneiro, e que ele as teria oferecido como garotas de programa. Segundo peritos, depois que o material chegar ao ICCE, o laudo poderá sair em até 48 horas.
A polícia informou que as menores já fizeram exames de corpo de delito, mas os resultados ainda não ficaram prontos. As meninas estão num abrigo aguardando a chegada dos pais da Bahia.
A prisão
O caminhoneiro de 36 anos foi preso em flagrante na noite de terça-feira (10), em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, com as três meninas. Ele é suspeito de estupro e de incentivar a prostituição infantil. Segundo a polícia, pelo menos duas das meninas tiveram relação sexual com o caminhoneiro, que depois teria oferecido as menores como garotas de programa.
O destino das menores, com idades entre 12 e 13 anos, só começou a mudar depois de uma denúncia anônima. Na segunda-feira (9), elas saíram da cidade de Posto da Mata, na Bahia, e chegaram na terça-feira (10) ao Rio, sem nenhum documento. O homem foi denunciado na noite de terça-feira.
Quando os PMs chegaram ao caminhão, as meninas disseram que eram sobrinhas do caminhoneiro e que apenas vieram de carona com ele para o Rio. O relato não convenceu os policiais e na delegacia elas disseram que foram obrigadas a mentir.
Em depoimento, as meninas disseram que queriam ir para uma cidade vizinha a Posto da Mata, mas o caminhoneiro não parou e seguiu viagem. Já no Rio, ele ameaçou deixá-las na estrada caso não tivessem relação sexual com ele. Uma das menores foi poupada porque teria dito que era virgem. Depois, elas teriam sido oferecidas como garotas de programa.
O delegado Antônio Furtado disse que o caminhoneiro confessou que deu um telefonema oferecendo as meninas pedindo R$ 50 por um programa completo.
