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O Ministério Público Federal (MPF) ouviu, na tarde desta quarta-feira (7), testemunhas de acusação relacionadas a um processo que investiga o envio de mulheres ao exterior para se prostituírem. A pessoa responsável por comandar o esquema irregular seria Mirlei de Oliveira, 51 anos, conhecida como "baronesa do sexo". Ela é acusada pela Justiça Federal de tráfico internacional de mulheres e formação de quadrilha.

As testemunhas foram ouvidas na sede da 3ª Vara Federal de Curitiba, no bairro Ahú. Mirlei acompanhou os depoimentos e depois conversou com a imprensa. Apesar de admitir que esteve envolvida por 25 anos com um prostíbulo, localizado em uma chácara de Colombo, na região metropolitana, ela nega as acusações de que estaria enviando garotas para outros países. "Eu nunca fiz tráfico internacional para nenhuma mulher. Eu não tenho que passar por tudo isso por algo que não cometi", declarou.

Entres os destinos das garotas estariam Estados Unidos, França, Espanha, Suíça e Inglaterra. O processo encontra-se na fase de instrução e outras testemunhas serão ouvidas. Nos próximos meses, Mirlei também deve prestar depoimento à Justiça. Ela aguarda o julgamento do processo em liberdade.

Histórico

A suposta cafetina já esteve presa duas vezes. Ela foi detida pela primeira vez em setembro de 2004 em Balneário Camboríu, Santa Catarina, depois de uma denúncia de envolvimento dela com o tráfico de mulheres realizada por uma ex-garota de programa. Sete meses depois, ela conseguiu um habeas-corpus e deixou a prisão.

Em 2005, o julgamento do caso passou da Justiça Estadual para a Federal. Dois anos depois, a "baronesa do sexo" foi presa em São Paulo. Na época foram apreendidos mais de dez aparelhos celulares, fotos de mulheres e listas com os telefones de 570 garotas de programa de todo o país.

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