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Curitiba

MP pede que Nucrisa investigue também ex-diretores do Evangélico

De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, a nova investigação já foi solicitado ao Nucrisa, mas a especializada ainda não recebeu o pedido

Um novo inquérito sobre homicídios que teriam ocorrido na UTI do Hospital Evangélico de Curitiba deve ser aberto pelo Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa) nos próximos dias. A Promotoria de Proteção à Saúde Pública de Curitiba, do Ministério Público do Paraná (MP-PR), informou - por meio de nota oficial - que requereu à delegacia especializada da Polícia Civil que investigue a participação de ex-diretores do Evangélico ou de outros profissionais de saúde nas mortes suspeitas.

De acordo com a assessoria de imprensa do MP-PR, a nova investigação já foi solicitada ao Nucrisa, mas a especializada ainda não recebeu o pedido. O núcleo confirmou na manhã desta quarta-feira (27) que ainda não havia recebido a solicitação.

O MP não informou quantas pessoas devem ser investigadas nem quem são elas.

O Hospital Evangélico, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não foi comunicado oficialmente sobre a nova investigação e, por enquanto, não vai se manifestar sobre o caso.

Novos inquéritos

O Ministério Público (MP) do Paraná esclareceu na terça-feira que a investigação sobre outras mortes suspeitas e a eventual participação de outras pessoas em condutas criminosas ainda depende de novos inquéritos, que serão conduzidos pelo Nucrisa. Isso terá início assim que seja remetida uma cópia dos autos da ação penal.

A decisão de solicitar novas investigações foi anunciada ainda em 11 de março. Mesmo com a negativa do MP de que houvesse novos elementos contra quaisquer funcionários ou pessoas da diretoria do Hospital Evangélico, o órgão solicitou nova investigação. Naquela ocasião, o MP informou que havia pelo menos outras 21 mortes suspeitas, que seguiam o mesmo padrão daquelas sete relatadas na ação penal que tramita na 2ª Vara do Júri. A acusação do MP atesta que os profissionais acusados, sob o comando de Virginia, prescreviam medicamentos bloqueadores neuromusculares, associados a sedativos e analgésicos, e depois reduziam os parâmetros de oxigênio nos respiradores dos pacientes. Isso os levava à morte por asfixia.

O MP ressaltou ainda que todos os casos investigados caracterizam homicídios, e que não há nenhum sinal de prática de ortotanásia – suspensão do tratamento do paciente para que ele morra de forma mais confortável, com o consentimento do próprio ou do familiar.

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