As condições de trabalho dos trabalhadores haitianos na construção civil será mapeada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-PR). Uma primeira audiência pública foi realizada ontem à tarde na sede do órgão, junto com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Construção Civil do Paraná (Sintracon) e com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) para avaliar a situação e as decisões a serem tomadas a seguir.
"O sindicato procurou o MPT noticiando que frequentemente são procurados por trabalhadores haitianos com a denúncia de que direitos trabalhistas não estão sendo respeitados. Como são muitas empresas e muitos trabalhadores, a gente optou por um mapeamento da situação desses trabalhadores em um primeiro momento", explica o procurador Alberto Emiliano de Oliveira Neto. Ele diz que as denúncias mais recorrentes dizem respeito ao descumprimento de normas de medicina e segurança do trabalho, cláusulas da convenção coletiva e não-pagamento das verbas rescisórias ao fim dos contratos firmados. A Gazeta do Povo já havia denunciado casos de violação de leis trabalhistas com mão de obra imigrante em reportagens anteriores. Em março deste ano, trabalhadores fizeram um protesto em frente a uma obra da construtora Tecnisa para receber o salário atrasado.
Não se sabe quantos haitianos trabalham na construção civil em Curitiba, mas a comunidade chega a duas mil pessoas na capital. A próxima audiência será em 18 de agosto.
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