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Um convênio assinado na tarde desta sexta-feira (28) levará assistência técnica para cerca de 13,7 mil assentados da reforma agrária no Paraná. O acordo foi firmado entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab) e o Instituto Emater. Com isso, os cerca de mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) deixaram a frente do Incra, onde estavam acampados desde terça-feira (25).

O acordo prevê a contratação de 137 profissionais para atuar nos 263 assentamentos localizados em 99 municípios do estado. O convênio, no valor de R$ 4 milhões, vai vigorar entre 1º de outubro a 31 de março de 2008. Desse total, R$ 3,2 milhões serão do Incra e cerca de R$ 800 mil do governo do estado. Segundo a Agência Estadual de Notícias, o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, disse que será articulado um novo convênio com duração até 2010.

Segundo Luiz Alonso Sales, do setor de produção estadual do MST, com este benefício as famílias recebem dos técnicos assistência nas linhas de produção, na aplicação de recursos de custeio e ainda conseguem criar projetos para que o Banco do Brasil libere recursos financeiros. De acordo com a assessoria de imprensa do MST, os sem-terra só aguardavam a assinatura do convênio para retirarem as barracas de lona e voltarem a seus locais de origem.

O secretário explicou que a assistência técnica vai executar nos assentamentos uma proposta de trabalho sustentada em três eixos: segurança alimentar, que vai priorizar a produção de alimentos para o consumo das próprias famílias; melhoria da renda familiar com a agregação de valor à produção e agroecologia e meio ambiente com o estabelecimento de uma nova matriz tecnológica de produção.

Protestos

Os protestos realizados pelos sem-terra em todo país fazem parte da jornada nacional de lutas do MST. Eles cobram agilidade na realização da Reforma Agrária e o assentamento das 150 mil famílias acampadas em todo o Brasil. Só no Paraná seriam cerca de oito mil famílias à espera de terras. O grupo também reivindica cestas básicas, infra-estrutura e crédito agrícola.

Na capital paranaense, as manifestações começaram na terça-feira (25). O grupo montou barracas em frente ao Incra. Na tarde de quinta-feira (27), cerca de 500 sem-terra realizaram uma passeata pelas principais ruas do centro de Curitiba. Eles protestaram em frente a uma agência bancária contra a venda da Companhia Vale do Rio Doce.

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