Recife - A mineira Amanda Carine Barbosa Rodrigues, de 23 anos, foi autuada em flagrante na manhã de ontem por homicídio qualificado, acusada de ter matado o marido, o ex-pugilista canadense Arturo Gatti, em um flat na praia de Porto de Galinhas, no litoral sul de Pernambuco. Aos 37 anos, Arturo Gatti estava aposentado desde 2007, mas teve uma carreira vitoriosa no boxe, sendo campeão mundial em duas categorias diferentes e somando 40 vitórias em 49 lutas. Ele tinha chegado a Porto de Galinhas na sexta-feira, junto com a esposa e o filho de 10 meses, para passar férias em Pernambuco.
O delegado Josedite Ferreira, da força-tarefa Sul do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse não ter dúvidas da culpa de Amanda, que foi enquadrada no artigo 121 homicídio doloso , com o agravante de motivação fútil e impossibilidade de defesa da vítima. Se condenada, ela pode pegar pena de mais de 20 anos de prisão.
No depoimento, afirmou o delegado, Amanda contou que o casal brigou por ciúmes na noite de sexta, enquanto jantava fora com o filho de dez meses, e que o marido estava embriagado.
Segundo a polícia, ela aproveitou que o marido estava dormindo e o feriu na parte de trás da cabeça com uma faca. Em seguida, disse Brito, Amanda enforcou o boxeador com a alça de uma bolsa até matá-lo. O delegado descartou a hipótese de que outra pessoa tenha estado no local, já que só os dois possuíam chaves.
Segundo Brito, o IML verificou que o corpo estava rígido ao ser encontrado, por volta de 9 horas de ontem, após ligação de Amanda, o que sinaliza que deve ter morrido no início da madrugada.
Amanda foi levada para fazer exame de corpo delito no IML e, em seguida, foi encaminhada para a Colônia Penal Feminina do Bom Pastor, em Recife. O bebê foi entregue aos cuidados da irmã de Amanda, Flávia Barbosa Rodrigues, de 22 anos. O inquérito policial deve ser concluído em 10 dias.
