Maringá registrou ontem o segundo caso de dengue hemorrágica na cidade (e também no Paraná) neste ano. A vítima é uma mulher de 28 anos, residente no bairro Aeroporto, uma das regiões que mais apresenta focos da doença na epidemia que atinge o município. A paciente está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Casa, em estado estável, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, que tem a expectativa de que ela saia da UTI ainda hoje. Tanto o hospital quanto a prefeitura não divulgaram o nome da vítima.
Ela estava com os sintomas da doença desde o último dia 8, quando foi atendida na Unidade Básica de Saúde da Vila Operária. A coleta da sorologia ocorreu no dia 19 e o resultado deu negativo, o que é explicado pela gerente municipal da Vigilância em Saúde, Rosângela Treichel, como normal, já que o organismo não teria respondido com anticorpos suficientes para apontar a doença. Mas a dengue foi confirmada em novo exame após o internamento no hospital por volta das 23h30 da última segunda-feira. "As pessoas não acordaram ainda que dengue não é brincadeira", disse Rosângela.
Epidemia
O bairro Aeroporto foi uma das sete rotas do mutirão realizado no último sábado pela prefeitura maringaense que coletou 856 toneladas de lixo em trabalho de prevenção contra a dengue.
Maringá é a segunda cidade paranaense na estatística de dengue em 2007. Até ontem eram 433 ocorrências positivas e 2.134 notificações, contra 96 confirmações e 351 notificações no ano passado.
A dengue hemorrágica ocorre quando uma pessoa que geralmente já teve a doença antes é picada por um mosquito Aedes aegypt que tem um vírus diferente do que contaminou a vítima na primeira vez. Os sintomas são os mesmos da dengue comum. Mas, no geral, o quadro piora a partir do quarto dia, com sangramentos, queda na pressão, dores no abdome, entre outras situações que podem causar a morte. Quem tem dengue não deve se automedicar e o tratamento deve ser com repouso, ingerir muito líquido e sempre ter acompanhamento médico.
A primeira vítima de dengue hemorrágica no estado faleceu no último dia 19 em Londrina. A pecuarista Maria Izabel Gil dos Reis, 58 anos, apresentou os sintomas da doença em Maringá, onde residia, e acabou morrendo dias depois de se mudar para Londrina.



