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Uma das vítimas feridas no acidente na Linha Amarela, a vendedora Liliane de Sousa Rangel, 36, estava atravessando a passarela no momento da queda junto à ex-sogra, Célia Maria, morta no acidente. Elas moram na favela Águia e estariam se dirigindo à comunidade do Guarda, do outro lado da via, para ir a um supermercado. Liliane foi levada o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. O quadro, segundo informações obtidas com familiares, é estável.

"Ela foi sedada por estar com muita dor. Estamos aguardando o resultado da tomografia. Pelo que observei no raio-x, ela pode ter fraturado a bacia", diz o socorrista Fábio Trovão, 40, namorado de Liliane.

A mãe, Celice Vieira de Souza, 55, e duas irmãs, Ligia, 26, e Lidiane de Souza Rangel, 32, aguardam notícias na unidade hospitalar desde às 11h.

"Fiquei sabendo pela televisão. Estava passando roupa em casa", conta a mãe. Até agora, ninguém da família conseguiu falar com a vendedora.

Homem

"A cabeça dele ficou muito tempo na água. Se soubéssemos primeiros socorros, ele talvez não fosse morrer na nossa frente". Foi assim que Felipe Silva de Lima, 20, encontrou Adriano Pontes de Oliveira, 27, um dos mortos no desabamento da passarela da Linha Amarela nesta manhã. Oliveira caiu de uma altura de mais de oito metros ao despencar da passarela até um um canal que divide a via após um caminhão se chocar com a estrutura de metal.

Lima foi um dos primeiros a pular no canal e tentar socorrer Oliveira. Ele acordou com o barulho da queda da passarela e chamou mais dois amigos para ajudar no socorro aos feridos.

Segundo Lima, o homem estava com o corpo sobre uma viga, mas a cabeça dentro do Rio. Lima acredita que com a pancada, ele não teve forças para se mexer e tirar a cabeça da água. "Quando a gente tirou ele, a cabeça dele tinha ficado muito tempo na água. A mão dele, que já tava com a palma roxa, e ele fazia o movimento de fechar a palma, como se fizesse força ou pedisse ajuda. Se eu e meus colegas soubéssemos primeiros socorros ele talvez não fosse morrer na nossa frente", contou Lima, chorando.

De acordo com o rapaz, os médico da Lamsa, a concessionária que administra a via, até chegaram a tempo, mas não conseguiram acessar o local, que fica a cerca de quatro metros abaixo do nível da via.

Ele contou que o irmão do homem gritava enquanto os jovens tentavam salvá-lo. "O irmão dele gritava 'tô contigo, aguenta aí, mas ele não resistiu".

Segundo o rapaz, os bombeiros levaram cerca de 30 minutos para chegar ao local e dois homens desceram por uma escada e por uma corda até onde a vítima estava. Imobilizaram-no em uma maca e o levaram para a via, já quase sem vida, segundo o rapaz.

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